quinta-feira, 11 de abril de 2019

Julian Assange é preso em Londres

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi preso pela polícia britânica nesta quinta-feira depois que os agentes foram convidados a entrar na embaixada do Equador em Londres, onde o australiano estava abrigado desde 2012.

Assange estava refugiado no local desde 2012 para evitar sua extradição para a Suécia, que solicitou sua prisão por supostos crimes sexuais. Nesta manhã, o presidente equatoriano Lenin Moreno, anunciou que o asilo de Assange havia sido suspenso.

O perfil oficial do WikiLeaks no Twitter afirmou que o embaixador equatoriano “convidou” a polícia britânica a entrar na embaixada, e tão logo os policiais entraram, prenderam-no imediatamente.

Wikileaks - uma organização transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia,[1] que publica, em sua página, postagens de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis. A página foi construída com base em vários pacotes de programas (software), incluindo MediaWiki, Freenet, Tor e PGP.[2] Apesar do seu nome, a WikiLeaks não é uma wiki ─ leitores que não têm as permissões adequadas não podem editar o seu conteúdo.

A página, administrada por The Sunshine Press,[3] foi lançada em dezembro de 2006 e, em meados de novembro de 2007, já continha 1,2 milhão de documentos.[4] Seu principal editor e porta-voz é o australiano Julian Assange, jornalista e ciberativista.[5]

Ao longo de 2010, WikiLeaks publicou grandes quantidades de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos, com forte repercussão mundial. Em abril, divulgou um vídeo de 2007, que mostra o ataque de um helicóptero Apache estado-unidense, matando pelo menos 12 pessoas - dentre as quais dois jornalistas da agência de notícias Reuters - em Bagdá, no contexto da ocupação do Iraque. O vídeo do ataque aéreo em Bagdá (Collateral Murder) é uma das mais notáveis publicações da página.[6][7] 

Outro documento polêmico mostrado pela página (site) é a cópia de um manual de instruções para tratamento de prisioneiros na prisão militar estado-unidense de Guantánamo, em Cuba.[8] Em julho do mesmo ano, WikiLeaks promoveu a divulgação de uma grande quantidade de documentos secretos do exército dos Estados Unidos, reportando a morte de milhares de civis na guerra do Afeganistão em decorrência da ação de militares norte-americanos. Finalmente, em novembro, publicou uma série de telegramas secretos enviados pelas embaixadas dos Estados Unidos ao governo do país.

Como aliados, atraiu os meios tradicionais El País, Le Monde, Der Spiegel, The Guardian e The New York Times, com o intuito de divulgar conteúdo secreto da diplomacia americana. Recebeu manifestações de apoio de chefes de Estado como Luís Inácio Lula da Silva e Vladimir Putin, que defenderam sua liberdade.[9]

Em 2 de fevereiro de 2011, o WikiLeaks foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz,[10][11] pelo parlamentar norueguês Snorre Valen. O autor da proposta disse que o WikiLeaks é "uma das contribuições mais importantes para a liberdade de expressão e transparência" no século XXI."Ao divulgar informações sobre corrupção, violações dos direitos humanos e crimes de guerra, o WikiLeaks é um candidato natural ao Prêmio Nobel da Paz", acrescentou.[12]

Seu fundador, Julian Assange publicou livros: “Cypherpunks – Liberdade e o futuro da Internet”, onde acusa governos de usarem a internet com objetivos de manutenção do poder político e econômico das nações e “Wikileaks – A guerra de Julian Assange contra os segredos de Estado”.[13]



Com informações da Revista Exame e da Wikipedia