sexta-feira, 29 de março de 2019

Ancine deve interromper repasses de verba

O TCU divulgou hoje (29) um acordo que determina que a Ancine não pode mais firmar novos contratos capazes de destinar o dinheiro público para qualquer parte do setor audiovisual do país. A medida, que inclui tanto negócios com o fundo do setor ou repasses diretos, significa em outras palavras que a fonte que hoje sustenta boa parte da produção nacional de filmes, séries e outras produções do cenário será interrompida à partir do momento que a agência for notificada oficialmente.

De acordo com o blog de Lauro Jardim no jornal O Globo, o Tribunal de Contas da União afirma que novos acordos só poderão ser realizados pela Ancine quando a agência dispuser daquilo que classifica como “condições técnico-financeiras-operacionais para analisar as respectivas prestações de contas” e que possibilitem uma fiscalização efetiva de cada ajuste do negócio. Além disso, o órgão recomenda à entidade que redimensione a quantidade de convênios para eventuais repasses dos recursos federais à partir de sua capacidade operacional e de fiscalização.

Em resumo, o que o TCU está realizando com a medida é interromper o fluxo de saída de qualquer montante federal destinado ao meio audiovisual no país no momento para forçar a Ancine a fazer uma reforma estrutural que diminua drasticamente o gargalo do setor à partir de um controle fiscal mais rígido. A questão é que hoje é difícil haver uma produção audiovisual no país que não dependa em algum nível do repasse distribuído pela Ancine, o que na prática incorre que uma porção gigantesca do meio será afetada ao nível de deixar de existir.

Com a decisão do TCU, a Ancine agora tem 60 dias após a notificação oficial para apresentar ao órgão um plano de ação que reanalise as prestações de contas de seus projetos aprovados. A implementação da medida não deve demorar um ano para acontecer.


Portal B9

#VcNoBlog O Brasileirão já começou... O feminino, claro!

No último final de semana, começou o brasileirão feminino, competição que reúne 16 clubes e conta com grandes times nacionais, como Flamengo, Corinthians, Santos, Internacional, Sport entre outros. Esse ano será a sexta edição do torneio, que tem o Corinthians defendendo o seu título, as transmissões dos jogos serão pelo Twitter, pois uma parceria firmada entre a CBF e a plataforma, com o objetivo desenvolver e criar hábitos da torcida assistir partidas de futebol feminino.

Tanto que em 2019, a organizadora decidiu fazer outro formato de disputa, para pode atrair novos negócios e mais públicos nos estádios, visando também o mundial da categoria que será disputado ainda este ano. Aqui no Brasil o futebol feminino ainda está engatinhando, mas em países como a Espanha, houve um recorde de público, com 60.739 torcedores no estádio Metropolitano, casa do Atlético de Madri que enfrentou o Barcelona, um marco no futebol feminino.

Pedro Gambardelli - Especial para o Blog
Estudante de Jornalismo no Rio de Janeiro e colunista do Blog Expolab

Juíza proíbe comemorações de 31 de março

A juíza Ivani Silva da Luz, da 6ª Vara da Justiça Federal em Brasília, proibiu nesta sexta (29/3) o governo federal de comemorar o aniversário de 55 anos do golpe de 1964 no próximo domingo (31). A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a reportagem, a magistrada atendeu a um pedido de liminar apresentado pela Defensoria Pública da União, que alegou risco de afronta à memória e à verdade, além do emprego irregular de recursos públicos nos eventos.

“Defiro o pedido de tutela de urgência para determinar à União que se abstenha da ordem do dia alusiva ao 31 de março de 1964, prevista pelo ministro da Defesa e comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica”, decidiu a juíza. De acordo com o jornal, a magistrada determinou que a Defesa seja intimada da ordem. No início da semana, Bolsonaro havia determinado à pasta que o golpe fosse comemorado nos quartéis.

Na prática, várias unidades militares anteciparam as celebrações ao movimento golpista para esta sexta (29), já que o aniversário cairá no domingo.

Metrópoles (DF)

Fundaj: Rejeitos de Brumadinho chegaram ao São Francisco

O Rio São Francisco foi atingido pelos rejeitos da Barragem do Feijão, da Vale, em Brumadinho, em Minas Gerais, de acordo com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). A informação foi divulgada em nota técnica, durante o Seminário Pós-Brumadinho, finalizado nesta sexta-feira (29). Em janeiro, a entidade havia feito uma pesquisa em que apontava a possibilidade de contaminação.

A informação contesta uma nota técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que concluiu que os rejeitos não atingiram o reservatório da Hidrelétrica de Três Marias, na Região Noroeste de Minas e Gerais, e nem o Rio São Francisco. A Organização Não Governamental (ONG) SOS Mata Atlântica, assim como a Fundaj, apontou a contaminação.

De acordo com Neison Freire, pesquisador com pós-doutorado em risco de desastres naturais, a constatação foi feita após meses de análise, por meio de um método desenvolvido pela Fundaj, usando satélites para medir a energia eletromagnética do Rio Paraopeba, principal atingido pelo desastre. Os pesquisadores também realizaram trabalho de campo e coletaram amostras nos leitos dos rios.

"Quando a lama estava em terra, conseguíamos acompanhar a movimentação por satélite. Quando ela entrou em contato com o Rio Paraopeba, o que ocorreu dois dias depois do desastre, a característica mudou, porque ela se diluiu. A partir daí, passamos a medir, também por satélite, a energia eletromagnética do rio contaminado, que é completamente diferente dele limpo", afirma.

De acordo com a nota técnica emitida pela Fundaj, a pluma de contaminação por metais pesados chegou ao São Francisco desde, ao menos, o dia 12 de março, por meio da hidrelétrica de Três Marias, em Minas Gerais.

"Trabalhamos com uma água argilosa, que é um marcador de metais pesados. Apesar disso, a Vale não informa de quais componentes essa lama é composta. Nós fizemos as medições do rio antes da chegada do material contaminante e, agora, a leitura é muito diferente. Ao todo, mais de 500 municípios fazem parte da bacia do Rio São Francisco, que muitas vezes é usado para consumo humano", diz.

Ainda segundo Neison, para calcular a chegada dos rejeitos os pesquisadores se basearam numa velocidade de avanço da contaminação de 7,14 quilômetros por dia, considerando a chegada da lama à massa d'água que chega ao leito principal do Velho Chico.

Impactos - Segundo Karina Guedes, uma das coordenadoras do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), as consequências do desastre de Brumadinho se estendem para além dos atingidos diretamente pela lama de rejeitos da Vale.

"Atingidos somos todos. Desde quem perdeu seu ente querido a quem, de alguma forma, tem contato com a foz dos rios. É todo um sistema de vida afetado nas bacias dos rios. É preciso levantar os impactos do desastre, porque já temos dois meses e ninguém punido, estamos sem grandes soluções", diz.

Ainda segundo Karina, uma solução a ser adotada no caso do Rio São Francisco é a análise constante da água. "Essa análise precisa ser feita de forma independente. Outro ponto é o cadastramento das famílias atingidas por esse crime. A sociedade precisa se organizar para cobrar minimamente que os criminosos paguem", declara.

Portal G1

#VcNoBlog Ocupem Estelita!


E o querido Professor Angelo Brás Callou segue participando de nosso blog, dessa vez, escrevendo e ilustrando sobre o #OcupeEstelita. Gratidão, Mestre!

Ocupem Estelita!

Abaixei o vidro da janela do carro para observar melhor a movimentação Ocupe Estelita. Guiava lentamente. Era noite do dia 26 de março. Data em que a demolição das edificações públicas do Cais José Estelita, de importância histórica e cultural na cidade do Recife, foi novamente suspensa por decisão liminar. Estelita resiste. Mas ontem a destruição foi retomada pelo conjunto das empresas privadas que formam o Consórcio Novo Recife. A autorização foi do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Ao lado dos antigos armazéns de açúcar, parcialmente derrubados, vi rostos muitos jovens que se misturavam aos escombros históricos da cidade. Havia ali uma espécie de alegria cidadã circulante, facilmente perceptível, que reanimou a minha esperança, enxovalhada desde o golpe jurídico-político-midiático de 2016. Os pedaços que restam, mal me sustentam em pé para que eu possa desenvolver a atividade docente. Pois, sem esperança, a prática pedagógica é impossível.

A primeira vez que ouvi falar no Consórcio Novo Recife foi por meio de uma divulgação paga na TV, faz alguns anos. Quando vi e ouvi o respeitado professor, arquiteto e urbanista, José Luiz Mota Menezes, defender a “requalificação” kitsch (quero ser polido) daquele espaço público, à la Miami Beach, disse pra mim mesmo, como todo bom velhinho: esse mundo está realmente perdido! Afundei na cadeira, de constrangimento.

Aquele apoio competente ao Consórcio Novo Recife era um prédio que ruía. Era o Palácio de Friburgo ao chão e todas as edificações holandesas do Recife, que não existem mais; era a Igreja dos Martírios arrancada violentamente do mapa histórico da cidade, além dos 400 casarões do antigo Bairro de São José dizimados para construir a grotesca Av. Dantas Barreto, com o apoio de muitos arquitetos, claro, ligados ao então prefeito Augusto Lucena; era Francisco Julião ao lado dos usineiros, no fim da vida, coitado; era o casario recifense que desaparece, à conta gotas e à luz do dia, como documenta o jornalista Jota Nogueira no perfil Antes que Suma, no facebook. É Nana Caymmi apoiando o presidente, esculhambando artistas e a Bahia.

Não duvido que a qualquer momento a casa da escritora Clarice Lispector, na Praça Maciel Pinheiro, seja considerada, por algum “discurso competente”, como edificação sem valor arquitetônico que justifique a sua existência. A casa está aos pedaços. O que resta da história arquitetônica do Recife parece sobreviver à base de ruínas e de resistências juvenis.

Levanto o vidro do carro e sigo meu caminho com a sensação de que aqueles jovens, e todos os jovens semelhantes à deputada Tábata Amaral, são as minhas únicas esperanças.

“Que vivan los estudiantes
Jardín de nuestra alegría
Son aves que no se asustan
De animal ni policía.”

Recife, 29 de março de 2019
Angelo Brás Fernandes Callou

Banda Bon Jovi virá ao Recife

A banda norte-americana Bon Jovi virá se apresentar no Recife, no dia 22 de setembro, no Estádio José do Rego Maciel, no Arruda. Ainda não há previsão de início de venda dos ingressos. O show faz parte da turnê This House is not for sale (A casa não está à venda) e será a apresentação antes do Rock In Rio. 

Bon Jovi - A banda é liderada pelo vocalista e guitarrista John Bongiovi (foto), de 57 anos, e ainda é integrada por Tico Torres, David Bryan, Phil X e Hugh McDonald. Formado em 1984, o conjunto já vendeu, até hoje, mais de 130 milhões de cópias de seus discos/CDs. Algumas das canções de sucesso são Never Say Goodbye, You give a love a bad name, entre outras. Veja a seguir, outra canção de muito sucesso na voz de Bongiovi: Blaze of Glory.

  

Ator Mateus Natchergaele visita artesão do metal em Agrestina


O ator Mateus  Natchergaele, no ar como o Profeta, na reprise da novela Cordel Encantado, esteve em Agrestina, a 144 km do Recife Valmir Reginaldo, de 39 anos, e se encantou com as peças de metal. O ator surpreendeu-se com a beleza e precisão das obras, feitas de sucata de metal, em especial sucata de motos, talheres e outros itens, que fatalmente iriam para o lixo, não fosse a sensibilidade e o talento de Valmir. O artesão, que já foi serralheiro, começou a criar animais em tamanho real, como cavalos, jacarés e leões. Suas peças podem custar até R$ 12 mil e ele hoje vive exclusivamente de sua arte. A seguir, fotos de Natchergaele das peças, um registro do que ele viu e se encantou.










"Cura gay" proibida em Porto Rico


O governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, assinou na noite da última quarta-feira (27) uma ordem executiva banindo a terapia de conversão sexual em menores de idade e pessoas trans, alegando que a prática é criminosa.

Segundo a agência de notícias France Press, na última semana, ele já havia declarado publicamente sua posição contrária à prática. Ao assinar a ordem, na noite de ontem, ele disse o país dá “um passo adiante” na conscientização.

“Hoje damos um passo adiante para conscientizar as pessoas sobre esse tipo de prática que causa dor e sofrimento”, disse o governador Ricardo Rossello, acrescentando que a proibição ajudaria a “proteger as crianças”.

“O amor e o respeito devem sempre prevalecer sem distinção de orientação sexual, raça, cor ou religião”, disse o governador, segundo a agência.

Com a medida, o território autônomo dos Estados Unidos se une a outros 15 estados na região que possuem legislações que proíbem a “cura gay”. Recentemente, Nova York se tornou o 15º estado a banir a prática.

De acordo com o New York Times, a decisão veio após a Câmara se recusar a votar um projeto de lei que proibia terapias de conversão e que visa alterar a orientação sexual ou de gênero de uma pessoa. 

Gabriel Rodríguez Aguiló, presidente da Câmara, disse em entrevista que há poucas evidências de que a prática foi amplamente usada no território e que a decisão não teve “nada a ver” com discriminação contra LGBTs.

“Como pai, como cientista e como governador acredito firmemente que a ideia de que há pessoas que precisam de tratamento por causa de sua identidade de gênero não é apenas absurda; é prejudicial crianças, jovens e adultos que merecem ser tratados com dignidade e respeito”, disse Rosselló em nota.


Huffpost Brasil

Holiday e Estelita: sobre o direito à cidade

Mesmo com a retomada das demolições dos galpões do Cais José Estelita, a resistência continua. Ontem, militantes denunciaram que estavam demolindo tudo, com o espaço ainda ocupado. No entanto, durante a noite, os ativistas continuaram no local. A jurista e professora Liana Cirne fez um resumo do que está ocorrendo agora no Estelita:



O Cais José Estelita continua ocupado.

Hoje o presidente do TJPE concedeu a suspensão de liminar requerida pela prefeitura do Recife, para que as obras de demolição tivessem seguimento.

O fundamento da decisão? Grave violação à ordem pública.

Ora, violação da ordem pública é o presidente de um tribunal de justiça determinar a precipitação da execução de uma obra que está sendo discutida nas instâncias judiciais superiores.

O que pretende o presidente do TJPE? Esvaziar a autoridade do judiciário e criar uma situação em que as ações que agora serão julgadas pelo STJ e STF percam seu objeto antes que os tribunais superiores possam definir a questão?

A decisão de hoje é apenas mais uma na inúmera guerra de liminares que marca a disputa judicial do Estelita. Mas ficará para história a tentativa de um presidente de tribunal estadual de, na prática, pretender usurpar a competência das cortes supremas.

A ocupação resiste!

Filas - Desde a última terça-feira, filas vêm se formando ao redor da construção. Centenas de pessoas, com currículos nas mãos, vão em busca de uma oportunidade de trabalho. Hoje o IBGE anunciou que o índice de desemprego ultrapassou os 12% no Brasil, chegando a mais de 13 milhões de desempregados no País. 

O próprio Consórcio Novo Recife já avisou que não há vagas, mas mesmo assim está recolhendo os currículos. Ativistas alertam que a estratégia visa "jogar trabalhador contra trabalhador" e levar a opinião pública a pensar que o Ocupe Estelita atrapalha a geração de empregos. 

Holiday - O Edifício Holiday foi desocupado esta semana e móveis e pertences dos moradores que porventura ainda tivessem ficado no prédio, seriam deslocados para um depósito. A Justiça havia determinado a desocupação devido a problemas estruturais e elétricos. No entanto, dois questionamentos: para onde iriam as centenas de moradores? E o prédio, que está encrustado em um dos metros quadrados mais caros do Recife, não seria de interesse de construtoras? 

Pensando nisso, o Coletivo Juntas (PSol - PE) anunciou que iria solicitar o tombamento do prédio, pois, além de garantir a preservação da história arquitetônica do Recife, também manteria as propriedades dos moradores. O prédio foi construído em 1956, tem 476 apartamentos em 17 andares e 3 mil moradores.


Neste sábado tem Melodia de Budega


Fotógrafa pernambucana vai expor na Espanha

A fotógrafa pernambucana Roberta Meira Lins vai representar a nossa cultura em uma exposição na cidade de Barcelona, na Espanha. Nas imagens, os caboclos de lança do Maracatu Rural. A mostra acontece em maio, na I Expoart Barcelona, na Feira de Los Artistas Independientes.


quinta-feira, 28 de março de 2019

A família mais divertida e satírica do Brasil



Pai na percussão, mãe no violão e filhas no vocal. Essa é a Família Passos, talkey? Eles são de Curitiba, no Paraná, e começaram de forma despretensiosa a fazer marchinhas no estilo clássico e caíram no gosto do público. O canal no Youtube hoje tem 31 mil seguidores e fez parte da zuera do carnaval deste ano. Mas a folia passou. E as marchinhas, continuam? "Sim, continuam como nunca, outros ritmos estão em pauta também!", afirma Ísis (a terceira da esquerda pra direita).

Na ordem da foto, claro: papai Nilton, filha Lígia, filha Ísis e mamãe Marília!

Veja essa entrevista rapidinha com essa turma que vem satirizando "tudo isso que está aí, talkey"?

1) Vocês são músicos profissionais? Caso não, em que vocês trabalham?
A Lígia e a mãe vivem exclusivamente da música.A mãe é professora aposentada, trabalhou a vida inteira com música. Foi regente de Coral por muitos anos...A Lígia é Violinista e atua também em projetos sociais com música. O pai e eu desenvolvemos outras atividades. O pai é sindicalista, aposentado mas continua trabalhando. Eu sou funcionária da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel).

2) Como surgiu essa ideia de fazer as marchinhas?
Surgiu das redes sociais, com a polarização, desde o impeachment da Dilma. As manifestações de ódio por meio de frases clichês propagadas pela extrema direita tomaram conta das redes. Resolvemos então, eu com a mãe, reunir algumas dessas frases, e reescreve-las musicalmente. Assim nasceu "Talquey Talquey, a culpa é do PT"

3) Vocês não temem alguma represália ou ataque, pelo fato das letras serem contra o atual governo federal?
NÃO tememos represálias. Recebemos alguns comentários contrários no nosso Canal no YouTube, alguns até agressivos no entanto, são pouquíssimos tendo em vista a temática polêmica...É preciso se manifestar e dar voz a quem não têm. A oposição é saudável a toda democracia e sempre existirá.

4) Qual a marchinha que deu mais trabalho em compor?
Não tem nenhuma que se destaque. Talvez a da Previdência. O assunto é sério e foi mais difícil satirizá-lo. O mais complicado para nós é o pouco tempo que passamos juntos. Nós reunimos uma vez por semana apenas, ou sábado ou domingo. As letras das músicas criamos durante a semana trocando idéias pelo grupo do WhatsApp da família. A melodia quem cria é a mãe. No dia do encontro, fechamos a composição, fazemos pequenas alterações, ensaiamos e já gravamos.

5) E a marchinha que foi mais fácil de criar?
A Talquey foi muito espontânea, bem como a do Reaça, pobre de direita (vídeo abaixo)

6) O carnaval passou. Mas as marchinhas continuam?
Sim, continuam como nunca! Outros ritmos estão em pauta também. Semana passada saiu a Valsa pra Damares. Pretendemos inserir o samba, o chorro e até um forró, quem sabe?


1º de Abril: A mentira de 21 anos #CensuraNuncaMais

O advogado, jornalista e poeta Francisco de Assis Barreto da Rocha Filho, ou simplesmente Chico de Assis, viveu a história recente do Brasil. Neste domingo, entre a comemoração de alguns e o repúdio de muitos, serão relembrados os 55 anos do início do regime militar (1964-1985). 

Assis militou na causa desde o primeiro dia, primeiramente como estudante do Colégio Estadual de Pernambuco (hoje Ginásio Pernambucano), depois integrou o PCBR, sendo posteriormente preso e torturado. Nove anos, quatro meses e 27 dias depois, foi anistiado e libertado. 

Atualmente, Chico se dedica a contar a sua história para que ninguém se esqueça, para que nunca mais aconteça. Este texto já foi publicado outras vezes, mas ele sempre disponibiliza para que mais e mais pessoas saibam do que ocorreu na recente história do Brasil. Leia o texto dele a seguir:


1º de Abril: A mentira de 21 anos

A imagem que mais me ocorre ao lembrar esse dia é a minha saída do prédio da Agência Nacional (o mesmo dos Correios, na Av. Guararapes), onde trabalhava como repórter-auxiliar. Saía com meu irmão mais velho, Antonio Avertano, diretor da Agência e também metido em subversão à época, além de mais alguns velhos comunistas que lá trabalhavam. As ruas já respiravam o clima de golpe. 

O Palácio das Princesas, cercado por tropas do Exército, contrariava a previsão do dia anterior, feita pelo próprio governador Miguel Arraes, em rápida entrevista que com ele tivemos (eu e meu irmão), no fim da noite de 31 de março. Ele acreditava (ou, para nos tranquilizar, nos deu a entender que acreditava) que o golpe seria debelado. O general Amauri Kruel, comandante do II Exército, aderiria ao Presidente João Goulart, e o general Justino Alves Bastos, do IV Exército, emprestar–lhe-ia apoio aqui no Estado. 

Traído em sua expectativa – no transcurso de uma madrugada plena de traições – Arraes se viu cercado pela manhã e intimado a renunciar ou aderir. O governador dos pernambucanos assumiu a digna posição que o projetaria para a História e o transformaria num dos líderes políticos mais admirados de Pernambuco. Não renunciaria, nem muito menos aderiria aos golpistas. Seu mandato lhe havia sido outorgado pelo povo. E só ao povo seria entregue. Saiu preso, escoltado por forças militares, levado ao 14º Regimento de Infantaria e posteriormente desterrado para a Ilha de Fernando Noronha, em cujo presídio passaria boa parte do seu tempo de prisão. 

Eu estava meio assustado com tudo. Tinha então 17 anos. Minha militância – embora já engajada à juventude do Partido Comunista Brasileiro (PCB) – resumia–se a infindáveis discussões na esquina da Sertã (famosa cafeteria da época, na esquina da R.da Palma c/Av. Guararapes), a atuar no Clube Literário Monteiro Lobato (que havia fundado, ao lado de outros companheiros e que denominávamos “QG do estudante nacionalista”) e a acompanhar, com enorme entusiasmo, os avanços sociais que um governo efetivamente democrático realizava. Poucos dias antes, Luis Carlos Prestes, então secretário–geral do PCB, havia dito pela imprensa não existir nenhuma condição para um golpe de direita, que as conquistas sociais eram irreversíveis e que nada deteria o avanço do povo. Era natural que estivesse perplexo, diante do que começava a ver. 

Abandonei os companheiros de trabalho numa das margens da avenida e me dirigi à ponte Duarte Coelho, onde já despontavam os primeiros cordões da passeata de estudantes, bancários e alguns poucos trabalhadores de outras categorias, que se dirigiam ao Palácio, em solidariedade ao governador sitiado. Naturalmente, me incorporei a ela. Quando chegamos na esquina da Guararapes com Dantas Barreto, a um quarteirão do Palácio, as tropas militares se movimentaram em nossa direção. Pusemo-nos todos a cantar o Hino Nacional e alguns a desenrolar as bandeiras nacionais que conduziam, na esperança de que o gesto paralisasse as tropas, como ocorrera em escaramuças anteriores. 

Várias rajadas de metralhadora e fuzil foram a resposta que tivemos aos nossos gritos de “fascistas” e de “não passarão”. Recuei correndo até a Igreja de Santo Antônio, quando soube que o corpo visto pouco antes, em meio a uma poça de sangue, era de Jonas Albuquerque, menino poeta de 16 anos, meu colega no Colégio Estadual de Pernambuco. Outros tiros, soube depois, atingiram Ivan Aguiar, estudante de Engenharia, filho de notória família comunista em nosso Estado. Meus pais moravam à época em bairro central. Foi lá que atordoada e apressadamente cheguei, para arrumar uma pequena mochila, ouvir o choro de minha mãe e as eternas admoestações do meu pai, “quem não obedece ao pai, termina tendo que obedecer à polícia”. 

Deixei os dois em pânico e saí meio sem rumo. Procurava alguma orientação, um pouquinho mais ajuizada que a recebida de um vulto agalegado, que conhecia das assembleias estudantis, logo depois de sair de casa: “agora é pegar em armas, companheiro; faca, revólver, facão e se juntar no campo ao velho Griga!”. 

Possivelmente naquele mesmo momento, o velho Griga, o histórico líder comunista Gregório Bezerra, estava sendo preso no município de Cortês (Zona da Mata pernambucana). Depois de achincalhado e torturado por verdugos como os coronéis Hélio Ibiapina e Antonio Bandeira, em pleno QG do IV Exército, ele foi entregue à sanha assassina do coronel Darcy Ursmar Villocq Vianna - o coronel Villocq, e conduzido ao Quartel de Motomecanização, no bairro de Casa Forte. É o próprio velho Griga que conta:

“...puseram–me numa cadeira e três sargentos seguraram–me por trás, enquanto Villocq, com um alicate, ia arrancando meus cabelos. Logo depois, puseram–me de pé e obrigaram–me a pisar numa poça de ácido de bateria. Em poucos segundos, estava com a sola dos pés em carne viva...” (Memórias, Boitempo Editorial: São Paulo – 2011, p. 537)

Nessas condições, Gregório foi depois arrastado pelas ruas de Casa Forte, uma corda amarrada ao pescoço, para gáudio dos torturadores recém-vitoriosos e escândalo das tradicionais famílias do bairro. Elas começavam a descobrir o tipo de sistema que elas mesmas haviam ajudado a engendrar nas famosas passeatas com Deus, pela Família e pela Liberdade, do pré-64. 

Mesmo sem ter, àquela altura, conhecimento de nenhum desses fatos, diante da proposta e do tom meio desesperado do companheiro, eu me limitei a rir (espécie de reação nervosa que me ocorre quando não sei bem o que fazer) e segui meu caminho ou descaminho. A noite se abateu literalmente, não só sobre o Recife. A mentira – que brincalhonamente atribuíamos à passagem do 1º de abril – estendeu seu manto sobre os dias subsequentes. E duraria 21 anos!

Francisco de Assis Barreto da Rocha Filho

Nota do Blog: A foto abaixo mostra presos políticos na antiga Casa de Detenção do Recife, a atual Casa da Cultura. Francisco de Assis está destacado na foto abaixo. O grupo depois seria transferido para o Presídio Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá.


Paixão dos Guararapes


Completando sua quinta edição a Paixão dos Guararapes reafirma a força e a importância do município do Jaboatão dos Guararapes no cenário cultural do nosso Estado.

Hoje com o reconhecimento do município o evento vem ainda mais ousado, levando o Mar da Galileia aos Montes dos Guararapes, transportando o público através do universo teatral a uma cena marcante e inédita nas Paixões de Cristo do nosso Estado.

O elenco formado em sua maioria por atores da terra ou que trabalhem no município, traduz o comprometimento e o orgulho de ser Jaboatonense. São 120 atores, dando vida a história de Cristo e renovando a nossa fé.

Nada disso seria possível sem a intervenção dos “materializadores de sonhos” os que apesar de não serem vistos tornam tudo real, esses materializadores doam seu tempo, suor e sobre tudo seu amor para que a magia do espetáculo aconteça, e é lembrando desses. que este ano homenageamos Boás Ribeiro, coordenador do núcleo de cenografia de nossa Paixão

Com texto de Albemar Araújo e Direção Geral de Geraldo Dias, o espetáculo tem 1h30 de duração e traduz de forma emocionante e sensível o maior ato de amor à humanidade.



Serviços:
Local: Pátio das Bandeiras – Montes dos Guararapes
Dias: 18,19 e 20 de Abril 2019
Horário: 19h
Entrada Franca

REALIZAÇÃO:
G, SOLUÇÕES

CO-REALIZAÇÃO
ASTEJ – Associação de Teatro do Jaboatão dos Guararapes
CAPIBARIBE PRODUÇÕES

APOIO:
SESC – URBANO ALIMENTOS – CAPRICHE - PREFEITURA DO JABOATÃO – CIA OS FERREIRAS – M. ALMEIDA LOCAÇÕES E EVENTOS – MAKERMIDIA – IMAGEM GRÁFICA – UNICAP – TV NOVA – METROPE


FICHA TÉCNICA:

Direção Geral; Geraldo Dias
Texto: Albemar Araujo
Coreografia; Valeria Barros
Iluminação: Astej
Pesquisa de Sonoplastia: Astej
Cenografia, Adereços e Direção de Contrarregragem: Boás Ribeiro
Assistentes de Produção; Marcia Honorato, UiraquitanJr.



ELENCO PRINCIPAL:

João Batista – João Lobo
Jesus – André Alencar
Maria – Ana Montarroyos
Madalena – Inailza Alves
Caifaz – Roberto Vasconcelos
Anaz – Álvaro Heleno
José de Arimateia – Léo Monte
Nicodemos – Alex Lino
Adultera - Maria Dias
Judas – Augusto Oliveira
Pedro – Gabriel Baade
Herodes – Pedro Dias
Herodiades – Marcia Honorato
Pilatos – Geovane Souza
Claudia – Tatiele Garmennie
Diabo – Neemias Dinarte
Pirofagia – Ruam Diego e Walisson Ricardo

terça-feira, 26 de março de 2019

Morre locutor Rafael Henzel, sobrevivente da tragédia da Chape

O radialista Rafael Henzel, 45 anos, único dos profissionais de comunicação que sobreviveu à tragédia da Chape, em novembro de 2016, morreu na tarde de hoje, em Chapecó, de infarto. Henzel estava jogando futebol com amigos quando sentiu-se mal. Chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Torcedor da Chapecoense, era a voz oficial das narrações do Índio Condá dentro e fora da Arena. Ele deixa esposa e um filho de 13 anos. 

Gaúcho de São Leopoldo, começou no rádio aos 15 anos, já na Rádio Oeste Capital, emissora onde trabalhava atualmente. Após passar por outras rádios, ele estreou na TV em 1993, como repórter da RCE TV, de Xanxerê - SC. No acidente com a delegação da Chapecoense, Rafael foi o único jornalista sobrevivente no acidente aéreo, apresentando sete costelas quebradas, pneumonia e lesão no pé direito. 

Após a tragédia, lançou o livro Viva como se estivesse de partida, que relata sua experiência no acidente e deixa mensagens otimistas sobre a vida. 

Modelo e escritor Kor Alessandro lança livro em SP


#OcupeEstelita Obras estão suspensas

O juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital - PE acaba de suspender a licença dada pela Prefeitura do Recife para demolição dos Cais José Estelita. Obras do “NOVO RECIFE” estão suspensas. O autor da ação civil pública que tem como réu o Município do Recife e op Novo Recife Empreendimentos foi o 20º Promotor de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital. Os militantes continuam acampados no local. 

Esta nota pode ser atualizada em instantes.

Com informações do advogado Pedro Josephi e do Diario de Pernambuco




São Paulo, 26 de março de 2019

No Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulistana, milhares de pessoas atenderam o chamado do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, para pegarem senhas a fim de serem atendidas em um programa de empregabilidade. A primeira pessoa da fila chegou às 9h da manhã de ontem (25). No País, atualmente, são 12 milhões de desempregados.  






#OcupeEstelita: Resistência, música e doações


Logo mais, às 17h, Roger de Renor e o Som na Rural vão aportar no Ocupe Estelita, mobilização acampada desde ontem no Cais José Estelita, cujos galpões começaram a ser demolidos na manhã de ontem (25). Os manifestantes, desde então, estão acampados no local, onde passaram a noite e seguem mobilizados até que não haja mais possibilidade de demolição. 

De acordo com informações do GGN e Marco Zero Conteúdo, A ação começou depois do secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, assinar a licença para o início da demolição. As máquinas da Moura Dubeux trabalharam sem placa de identificação na frente do local e sem a apresentação do alvará no canteiro de obras. Sem esses dois requisitos, a demolição não poderia ter começado, como deixa bem claro a lei municipal 16.292/1997. A lei afirma que a obra deve ser embargada, caso comece sem esses requisitos.

Os manifestantes agora estão solicitando doações de quem for visitar o local: almoços prontos (pois ainda não foi construída uma cozinha), produtos de higiene pessoal, itens de primeiros socorros, remédios, sacos de lixo, barbantes, lonas, barracas, colchões, lençóis, esteiras, material para stencil, isopor, gelo, enxadas.

Os ocupantes também abriram uma Vakinha para arrecadar recursos: Clique Aqui

Prefeitura - Em nota, a Prefeitura do Recife afirmou que o alvará está "em conformidade com as normas de licenciamento vigentes".

Leia a nota na íntegra:

A prefeitura do Recife iniciou um amplo processo de diálogo e participação para propor, em conjunto com a sociedade e os setores técnicos envolvidos, uma nova visão de urbanização não só para o antigo terreno da RFSA, no Cais José Estelita, como para os bairros do entorno. Naquele momento já estava aprovado, desde 2012, um projeto privado para o terreno. Entre os pleitos da sociedade estava a elaboração de um Plano Específico para o Cabanga, Cais José Estelita e Santa Rita. A Prefeitura do Recife iniciou outro amplo processo de discussão que resultou na Lei 18.138/2015, que regulamenta este Plano Específico.

O atual projeto aprovado para a área foi adequado para essa nova legislação, incorporando diversos avanços para o território e para toda a cidade. A partir da nova lei, dentro da área privada do Cais José Estelita, hoje temos 65% de área de uso público e 35% de área privada, o que configura um importante ganho para a qualidade do espaço urbano da cidade. Com a lei, essas áreas passam a contar com a mais moderna legislação urbanística da cidade, uma vez que ela contempla conceitos e princípios urbanísticos que estão presentes em várias partes do mundo. O objetivo foi construir referências viáveis para a construção de um espaço melhor ordenado e que seja capaz de promover qualidade urbana e, consequente, qualidade de vida. Entre os avanços alcançados a partir da nova legislação estão:

- Implantação de um parque linear valorizando a borda d'água, outro parque na área da antiga ferrovia e espaços públicos de convivência, esportes, cultura e lazer;

- Eliminação de grades e muros em todas as edificações;

- Redução das quadras;

- Ciclovia em toda a extensão da linha d'água;

- Embutimento de fiação;

- Redução em 2/3 de altura das edificações mais próximas da área histórica (a altura nessas áreas sai de 38 andares para até 12 pavimentos, respeitando recuo de 50 metros a partir da proximidade dos armazéns localizados junto ao Forte das Cinco Pontas);

- Oferta de comércio e serviços no térreo de todas as edificações;

- Implantação de cobertura vegetal no topo dos prédios (telhado verde) e reutilização das águas das chuvas por meio de reservatórios de acúmulo;

- Eliminação do viaduto das Cinco Pontas devolvendo a relação que o Forte tem com a frente d'água;

- Calçadas com aproximadamente cinco metros de largura;

- Construção de habitações de interesse social em área próxima;

- Conexão da Avenida Dantas Barreto com o Cais José Estelita.

É importante frisar que o alvará de demolição concedido na manhã desta segunda-feira (25) está em conformidade com as normas de licenciamento vigentes, inclusive com anuência do Iphan, e atende à solicitação dos responsáveis pelo projeto.

Cantor youtuber indígena se elege prefeito de cidade equatoriana

O cantor equatoriano Delfín Quishpe, de 40 anos, elegeu-se prefeito da cidade equatoriana de Guamote, distrito a 15 km de Quito. Quishpe, também conhecido como "Delfín hasta el fín", é um cantor folclórico de música "tecno-andina" e tornou-se conhecido em 2001, ao lançar uma música sobre a tragédia de 11 de setembro em Nova York. 

Candidato pelo Movimiento Pachakutik, foi eleito com 23,8% dos votos e agradeceu aos seus eleitores pelo apoio. Uma de suas primeiras ações como prefeito será limpar a sujeira visual causada pela campanha política. Veja a seguir o vídeo Noo Puede Ser, a canção que o deixou famoso no You Tube entre os equatorianos.

Com informações do Portal Infobae (Argentina)

UFPE arrecada doações para Moçambique




O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da UFPE está arrecadando, até o dia 1º de abril, doações para as vítimas do ciclone Idai, que atingiu os países de Moçambique, Zimbábue e, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), atingiu mais de 1,5 milhão de pessoas. As doações devem ser entregues no Neab, que fica localizado no Centro de Educação, ou na portaria do próprio centro – basta indicar que são doações destinadas ao Neab. Estão sendo arrecadados calçados e roupas, material escolar (caderno, lápis, borracha, giz de cera, entre outros), material de higiene pessoal e também material de limpeza.

Cólera - Pouco mais de 10 dias depois de o Ciclone Idai passar por Moçambique, o país está sob alerta do cólera. Segundo as autoridades estrangeiras, há vários registros de mortes em decorrência da doença nos centros de acolhimentos. Na região da cidade de Beira, a mais atingida pelo desastre, há 228 mil pessoas abrigadas em ambientes sem condições de higiene. A Cruz Vermelha Internacional advertiu que Moçambique enfrenta momento delicado e cercado de ameaças. A comida é escassa.

O cólera, o tifo e a malária são doenças transmitidas através da ingestão de água ou alimentos contaminados e alastram-se em ambientes de pouca higiene.Pelos últimos dados, morreram 446 pessoas em Moçambique. Para as agências humanitárias, o desastre em Moçambique tem semelhanças com as tragédias humanitárias do Iêmen e da Síria.

Prevenção - A Cruz Vermelha informou que adotou uma série de medidas para impedir os surtos no país, inclusive com a instalação de dois hospitais de campo de emergência seguirão. Os hospitais podem fornecer serviços médicos, cirurgias de emergência, bem como internação e atendimento ambulatorial para pelo menos 30 mil pessoas.

Um vôo de carga deve desembarcar, nos próximos dias, em Moçambique com voluntários e água tratada para atender 15 mil pessoas por dia. Fundos de emergência devem fornecer assistência para cerca de 200 mil pessoas, enviando água, saneamento e higiene, abrigo, saúde, meios de subsistência e serviços de proteção nos próximos 24 meses.

O ciclone Idai afetou mais de 1,85 milhão de pessoas em Moçambique, de acordo com as Nações Unidas. A estimativa é que 483 mil pessoas tenham sido deslocadas pelas inundações, que destruíram e submergiram uma área de mais de 3mil quilômetros quadrados.

Com informações da Imprensa UFPE, Agência Brasil, Cruz Vermelha Internacional e da RTP, emissora pública de televisão de Portugal.

domingo, 24 de março de 2019

Honduras transfere sua embaixada para Jerusalém

O governo de Honduras anunciou hoje a transferência de sua embaixada em Tel Aviv para Jerusalém. O presidente Juan Orlando Hernández, informou que o país caribenho abrirá "imediatamente" a missão diplomática oficial na "capital de Israel".

As declarações foram feitas no âmbito da abertura da conferência da Comissão de Assuntos Públicos Americanos de Israel (AIPAC), que está ocorrendo atualmente em Washington. Com essa medida, o presidente hondurenho segue os passos de países como os EUA e a Guatemala.

RT em Espanhol (Rússia)

Mulheres assinam 72% dos artigos científicos publicados pelo Brasil

O Brasil é o país íbero-americano com a maior porcentagem de artigos científicos assinados por mulheres seja como autora principal ou como co-autora, de acordo com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). Entre 2014 e 2017, o Brasil publicou cerca de 53,3 mil artigos, dos quais 72% são assinados por pesquisadoras mulheres.

Atrás do Brasil, aparecem a Argentina, Guatemala e Portugal com participação de mulheres em 67%, 66% e 64% dos artigos publicados, respectivamente. No extremo oposto estão El Salvador, Nicarágua e Chile, com mulheres participando em menos de 48% dos artigos publicados por cada país.

Além desses países, a OEI analisou a produção científica da Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Equador, Espanha, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Os dados fazem parte do estudo As desigualdades de gênero na produção científica ibero-americana, do Observatório Ibero-americano de Ciência, Tecnologia e Sociedade (OCTS), instituição da OEI.

A pesquisa analisou os artigos publicados na chamada Web of Science, em português, web da ciência, que é um banco de dados que reúne mais de 20 mil periódicos internacionais.

“O Brasil está melhor do que o restante dos países. Acho que é algo que não podemos nos dar por satisfeitos porque temos desafios, mas indica que o Brasil caminha na direção positiva de mais oportunidades, de igualdade de gênero entre homens e mulheres”, diz o diretor da OEI no Brasil, Raphael Callou.

Menos pesquisadoras publicam

Apesar de assinar a maior parte dos artigos, quando levado em conta o número de mulheres pesquisadoras que publicaram no período analisado, ele é menor que o dos homens. No Brasil, elas representam 49% dos autores, de acordo com os dados de 2017. A porcentagem se manteve praticamente constante em relação a 2014, quando elas eram 50%.

Com base nos números de 2017, o Paraguai ocupa o topo do ranking, com 60% das autoras mulheres. Na outra ponta, está o Chile, com 37%.

As diferenças aparecem também entre áreas de pesquisa. No Brasil, entre as áreas analisadas, medicina é a que conta com a maior parte das autoras mulheres, elas são 56% entre aqueles que publicaram entre 2014 e 2017. As engenharias estão na base, com a menor representatividade, 32%.

Essa realidade faz parte do cotidiano da professora da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Maria Cristina Tavares. “Nas salas de aula, as meninas são cerca de 5% dos estudantes. No departamento temos em torno de 90 professores e somos cinco professoras”, diz. “Quando você vai a congressos, são pouquíssimas engenheiras. Você vê só ternos. Se você tem 100 trabalhos sendo expostos, tem geralmente três ou quatro pesquisadoras”, acrescenta.

Maria Cristina comemora a posição de destaque das mulheres no número de assinaturas de publicações: “Publicações hoje em dia são tudo no mundo acadêmico. As próprias universidades prezam por expor o resultado das pesquisa. Para eu conseguir mais bolsas para os meus estudantes, preciso estar com um bom nível de publicação e não é número pelo número, é número que significa que meu trabalho está sendo bom”, diz. 

A professora faz, no entanto, uma ressalva sobre a baixa presença de pesquisadoras na área que atua: “O país perde quando não trabalha essa diversidade e todos esses olhares”.
Maioria entre estudantes, minoria entre professores

“Publicar sempre foi difícil, sempre é um processo. Há casos clássicos, bem icônicos de como esse estereótipo de gênero está arraigado. Quando se lê um artigo de autor chinês, polonês ucraniano, que tem um nome diferente, dificilmente vem imagem de que seja uma mulher, porque na nossa cabeça, a gente entende que esse lugares difíceis são ocupados por homens”, diz a bióloga da Universidade de Brasília (UnB) Bárbara Paes.

Apaixonada por ciência, a pesquisadora integra a equipe do Dragões de Garagem, criado para divulgar, de forma simples e atrativa, descobertas científicas e questionamentos sobre o fazer ciência no país. “Existe uma resistência da própria academia de reconhecer que existe um problema”, diz. 

De acordo com o Censo da Educação Superior de 2016, última edição do levantamento, as mulheres representam 57,2% dos estudantes matriculados em cursos de graduação.

Elas são também maioria entre bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), representam 60% do total de beneficiários na pós-graduação e nos programas de formação de professores.

Entre os professores contratados, no entanto, o cenário muda, os homens são maioria. Dos 384.094 docentes da educação superior em exercício, 45,5% são mulheres. 

Agência Brasil

Procuradoria pede explicações sobre comissão que quer fiscalizar Enem

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, deu um prazo de cinco dias para que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) preste informações sobre a comissão instituída pelo órgão para avaliar o conteúdo das questões do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

De acordo com portaria publicada no último dia 20 pelo Inep, a comissão teria como objetivo avaliar se questões que constam no Banco Nacional de Itens (BNI) teriam “pertinência com a realidade social, de modo a assegurar um perfil consensual do exame”. De acordo com o documento, a proposta seria realizar “leitura transversal” dos itens disponíveis no BNI para a montagem das provas do Enem 2019.

Em ofício encaminhado ao presidente do Inep, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, aponta que o propósito apresentado pelo órgão é extremamente vago e ressalta que o próprio Ministério da Educação conta com portaria segundo a qual a avaliação do Enem deve se dar a partir dos resultados anteriores do exame.

Nesse sentido, o Inep deverá informar ao Ministério Público Federal quais foram as avaliações realizadas em relação ao Enem 2018 que levaram à conclusão da necessidade de adoção da etapa técnica de revisão do Banco Nacional de Itens, assim como quais profissionais especialistas em avaliação educacional e quais instituições de educação superior participaram dessa avaliação.

O Instituto também deverá esclarecer quais os critérios sugeridos nessa avaliação para análise da pertinência das questões do Banco Nacional de Itens e a qualificação técnica e profissional dos membros da comissão instituída pelo órgão.

No documento, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão destaca que o Supremo Tribunal Federal conta com jurisprudência sobre o chamado “abuso de poder” normativo, que busca conter eventuais excessos decorrentes do exercício imoderado e arbitrário da competência institucional outorgada ao Poder Público. O entendimento é de que o Estado não pode, no desempenho de suas atribuições, dar causa à instauração de situações normativas que comprometam e afetem os fins que regem a prática da função de legislar.

Acesso à educação

O Exame Nacional do Ensino Médio foi criado em 1998 para avaliar a qualidade do Ensino Médio brasileiro a partir do desempenho de seus estudantes. Em 2009 o Enem se tornou critério de seleção para quem deseja ingressar nas instituições federais de ensino superior ou participar do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). A prova também é utilizada para o acesso bolsa integral ou parcial em universidades particulares, por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni), ou para obtenção de financiamento através do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). O Enem é considerado o maior vestibular do Brasil e, somente em 2018, recebeu mais de 6,7 milhões de inscrições.

GGN com Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão

Tuberculose mata 4.500 pessoas todos os dias no mundo


No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado hoje (24), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a doença mata, diariamente, quase 4.500 pessoas em todo o planeta e permanece com o status de doença infecciosa mais mortal do mundo. Os números mostram ainda que 30 mil pessoas são acometidas pela tuberculose todos os dias.

De acordo com a OMS, esforços globais para combater a doença salvaram 54 milhões de vidas desde o ano 2000 e reduziram a mortalidade em 42%.

A campanha, este ano, reforça a urgência de colocar em práticas compromissos assumidos por líderes globais, como ampliar o acesso à prevenção e ao tratamento; garantir financiamento sustentável, inclusive para pesquisas; e promover o fim do estigma e da discriminação.

“Neste Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a OMS pede a governos, comunidades afetadas, organizações da sociedade civil, prestadores de serviços de saúde e parceiros nacionais e internacionais que unam forças”, informou a Organização Mundial da Saúde, destacando a importância de se garantir que “ninguém seja deixado para trás”.

Números da doença no Brasil

Em 2017, o Brasil registrou 34,8 casos de tuberculose por 100 mil habitantes. Foram anotados ainda 4.534 óbitos pela doença, resultando em um coeficiente de mortalidade de 2,2 mortes por 100 mil habitantes.

O país, de acordo com o Ministério da Saúde, atingiu os chamados Objetivos do Milênio de combate à tuberculose, que previam reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado aos resultados de 1990. Em 2018, entretanto, houve 72,8 mil casos novos no país.

“Apesar de ter avançado, o brasileiro deve ficar sempre alerta”, destacou o ministério, ao reforçar a importância de se começar o tratamento o quanto antes. A terapia de combate à tuberculose está disponível gratuitamente em unidades públicas de saúde e mantê-la até o final é essencial para atingir a cura da doença.

O que é a tuberculose

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e curada, ela ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.

Os sinais e sintomas mais frequentes incluem tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo e prostração; febre baixa geralmente no período da tarde; suor noturno; falta de apetite; emagrecimento acentuado; e rouquidão.

Agência Brasil

Segundo Prefeitura, Ed. Holiday está 100% desocupado

A Prefeitura do Recife e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informam que concluíram neste sábado (23) a desocupação de 100% das residências e pontos comerciais do Edifício Holiday, em Boa Viagem, cumprindo a decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital. Os moradores tem até terca-feira (26) para esvaziar os apartamentos, pois na quarta (27), por determinação da Justiça, os pertences devem ser removidos pela Prefeitura para depósito.

A desocupação ocorreu, em sua integridade, de forma pacífica, negociada e humanizada, com o trabalho de convencimento dos moradores e comerciantes do edifício da necessidade de preservação das suas vidas, dado o elevado risco de incêndio e estrutural do edifício.

Neste período, a Prefeitura do Recife e a Secretaria de Defesa Social disponibilizaram todo o apoio logístico e social para que os moradores saíssem com segurança do edifício. Foram 252 mudanças gratuitas realizadas, 128 acompanhamentos de saúde feitos com 13 encaminhamentos para UPAs ou Caps, 48 atualizações nos cadastro nos programas sociais e 457 visitas de sensibilização nas dependências do edifício.

Até as 17h da próxima terça-feira (26), continuarão os trabalhos de remoção dos pertences dos últimos imóveis ainda com bens materiais, restando agendadas ainda 21 mudanças.

Os moradores que ainda possuírem pertences no interior do edifício têm igualmente até as 17h da próxima terça-feira (26) para retirar seus bens, estando à disposição o apoio logístico prestado desde o primeiro dia. A partir da quarta-feira (27), cumprindo a decisão judicial, os pertences encontrados serão removidos para um depósito municipal, onde estarão à disposição dos seus proprietários devidamente inventariados.

Imprensa Recife

Ciclone Idai: número de mortos em Moçambique sobre para 446

As autoridades de Moçambique afirmaram que o número de mortos no país, em função do Ciclone Idai, subiu para 446. A atualização dos números se dá à medida que o nível da água vai baixando e permitindo o acesso a novos locais. O ciclone provocou fortes ventos, chuvas e inundações no país, além de atingir também países vizinhos, como Madagascar, Malaui, Zimbábue e a África do Sul.

O ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural de Moçambique, Celso Correia , acrescentou que 531 mil pessoas foram afetadas pelo ciclone, que atingiu o país no fim de semana passado. Os centros de acolhimento atendem, no momento, 109.733 pessoas. Dessas, mais de 6,5 mil requerem atendimento especial, como idosos e grávidas.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima que haja pelo menos 1 milhão de crianças afetadas pelo ciclone em Moçambique. Foi o país mais atingido pela tragédia. Foram registrados ventos de 150 km/hora.

O ministro lembrou que a água empoçada com a inundação também tem disseminado doenças. “É importante termos consciência de que vamos ter cólera, malária, já temos elefantíase, e vai haver diarreias. O trabalho está sendo feito para mitigar [os surtos]”, disse ele em coletiva de imprensa. A baixa da inundação, no entanto, já permitiu que o governo pudesse enviar médicos para várias regiões, para acompanhar a saúde da população local.

Ontem (23), já no final do dia, as autoridades locais conseguiram tirar a cidade de Beira, capital da província de Sofala, do isolamento. A Estrada Nacional Número 6 (EN6) foi reaberta após uma semana inacessível. A EN6 é aveida principal da região central de Moçambique. Atravessa as províncias de Sofala e Manica, ligando Beira ao Zimbábue.

Agência Brasil, com informações da RTP, emissora pública de televisão de Portugal; e da Agência ONU News, das Nações Unidas.