segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Sobreviventes de colisão na Tamarineira têm melhora clínica

O advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, 46 anos, internado após um acidente de trânsito provocado por um motorista bêbado no dia 26 de novembro, apresenta evolução clínica diária e encontra-se em reabilitação física neste domingo (3), segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Santa Joana.

Segundo a unidade de saúde, a filha dele, Marcela Guimarães da Motta Silveira, de cinco anos, permanece em coma na Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica, mas tem quadro clínico e metabólico considerado estável.

Além de deixar pai e filha feridos, o acidente resultou na morte de três pessoas. Uma delas, a advogada Maria Emília Guimarães Silveira, 39 anos, era esposa de Miguel e mãe de Marcela. Também faleceram Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, o outro filho do casal, e a babá Roseane de Brito Souza, 23 anos, que estava grávida e deixou uma filha de três anos. O motorista do outro carro, João Victor de Oliveira, de 25 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na segunda (27).

Através de uma nota recebida pela TV Globo na noite da terça (28), os parentes de Miguel Arruda e Marcela Guimarães agradeceram o carinho demonstrado por quem se solidarizou e pediu pela continuidade das orações pela família.

No sábado (2), voluntários da ONG Novo Jeito realizaram um “abraço” simbólico no cruzamento entre a Estrada do Arraial e a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira, local em que ocorreu o acidente. O grupo realizou um minuto de silêncio e, em seguida, depositou flores no local em que um dos carros capotou.

No mesmo dia, foi realizada uma missa em homenagem a Maria Emília e Miguel Neto, na Zona Norte do Recife. Uma missa em homenagem a Roseane de Brito Souza ocorreu no domingo, em Caueiras, distrito de Aliança, na Mata Norte de Pernambuco.

Na segunda (27), dia seguinte ao acidente, Maria Emília recebeu homenagens no local em que trabalhava. O luto pelas vítimas do acidente também foi demonstrada através das flores deixadas no local em que ocorreu a colisão.

Punições

João Victor Ribeiro responderá pelos crimes de triplo homicídio doloso, quando há intenção de matar, e lesão corporal gravíssima. O advogado do estudante deixou o caso e ele passou a ser assistido por um defensor público. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Paulo Jean, o carro dirigido pelo universitário tem um histórico de multas por avanço de semáforo e excesso de velocidade.

A Polícia Civil também abriu um inquérito para investigar duas agressões que teriam sido cometidas por João Victor. Uma delas foi denunciada por vizinha dele e teria sido cometida no mês de agosto. Outra agressão, denunciada pelo segurança de um posto de gasolina de Olinda, teria ocorrido no mês de outubro. Além disso, João Victor também tem um histórico de multas por excesso de velocidade e avanço de sinal, segundo a Polícia Civil.

Com informações do Portal G1 e de Arquivo