sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Marcelinha respira sem ajuda de aparelhos

Ferida em um acidente de trânsito na Zona Norte do Recife provocado por um motorista bêbado em 26 de novembro, que deixou três mortos, Marcela Guimarães da Motta Silveira, de cinco anos, deixou os aparelhos e está respirando de forma espontânea, segundo o boletim médico divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Hospital Santa Joana, no Recife, unidade de saúde onde ela está internada. A criança, no entanto, continua em estado grave, mas considerado estável do ponto de vista clínico.

O pai de Marcela, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 46 anos, também ficou ferido no acidente, mas está consciente e apresenta melhoras clínicas diárias, de acordo com o referido hospital. Ainda de acordo com o boletim médico divulgado nesta sexta (8), Miguel também respira de forma espontânea.


Além de deixar pai e filha feridos, o acidente em um cruzamento no bairro da Tamarineira provocou a morte de três pessoas: Maria Emília Guimarães da Mota Silveira, 39 anos; o filho dela, Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos; e a babá dele, Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida. Mãe e filho foram sepultados em um cemitério em Paulista, no Grande Recife, enquanto Roseane foi enterrada em Aliança, na Zona da Mata Norte do estado. Após o acidente, as vítimas receberam homenagens no local da colisão, através de flores e de um “abraço” dado por voluntários da ONG Novo Jeito no cruzamento em que ocorreu o acidente.

Denúncias e investigações

Na quinta-feira (7), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ofereceu à Justiça uma denúncia-crime contra João Victor Ribeiro de Oliveira, de 25 anos, motorista que estava bêbado quando colidiu contra o carro das vítimas em um cruzamento na Zona Norte do Recife. Segundo o documento da promotora de justiça Ana Maria Sampaio Barros Carvalho, o MPPE sustenta que houve triplo homicídio e duas tentativas de homicídio, devido aos dois sobreviventes que estão internados.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, divulgadas na terça (5), João Victor ingeriu álcool durante horas consecutivas, misturando, inclusive, bebidas como cerveja e uísque. Perícias técnicas apontaram que o veículo conduzido pelo estudante de engenharia estava a 108 quilômetros por hora, quando o máximo permitido na via em que ele trafegava é de 60 quilômetros por hora.

A Polícia Civil também investiga uma agressão denunciada por uma vizinha de João Victor. Ela e o namorado prestaram depoimento na Delegacia de Peixinhos, em Olinda, no dia 29 de novembro. Segundo a polícia, o casal relatou que a agressão aconteceu em agosto de 2017.

Outro inquérito contra João Victor foi aberto para investigar uma agressão ocorrida em um posto de gasolina na Avenida Carlos de Lima Cavalcanti, em Olinda, em outubro deste ano. De acordo com o delegado Rômulo Ayres, o homem agredido, que é segurança do posto, contou, durante depoimento, que o estudante chegou dirigindo bêbado e tentou atropelar o funcionário.

Portal G1