terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Caso Remís: polícia deve fazer reconstituição

O auxiliar de pedreiro Paulo César de Oliveira Silva, de 25 anos, assassino confesso da namorada, a estudante de pedagogia Remís Carla Costa, 24, pode voltar à cena do crime. Para montar o quebra-cabeça e concluir o inquérito, a Polícia Civil de Pernambuco analisa a possibilidade de fazer a reconstituição do assassinato da jovem. Caso isso realmente aconteça, Paulo César deixará o Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, onde está desde a tarde do domingo (24), e voltará ao Conjunto Nova Morada, no bairro da Caxangá, Zona Oeste do Recife, onde a universitária foi morta e teve o corpo enterrado por ele. A polícia quer saber como exatamente aconteceu a sequência da briga, morte e ocultação do corpo da garota.

O caso está com o delegado Élder Tavares, titular da Delegacia de Desaparecidos e Proteção à Pessoa. A previsão é de que até o início da próxima semana o inquérito seja concluído e remetido à Justiça. “Quem vai decidir sobre a reconstituição será o delegado porque ele vai sentir se é necessário explicar alguns pontos. Algumas coisas ainda não estão claras. Mas ele vai analisar porque esse recurso muitas vezes é muito doloroso para a família da vítima, que precisa reviver tudo de novo”, disse o gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Ivaldo Pereira. “Além do Paulo César, outras pessoas devem participar da reconstituição”, completou.

Paulo César, que foi autuado em flagrante por ocultação de cadáver, também será indiciado por feminicídio. Segundo a polícia, ele confessou o crime e disse que matou Remís Costa após uma discussão por conta de um celular. A perícia apontou que a vítima foi esganada. Outros exames estão sob análise e os resultados também devem ser entregues aos investigadores nos próximos dias.

Blog Ronda JC - Jornalista Rafael Guerra