segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Saiba o que é a Endometriose



A endometriose é uma doença benigna que atinge mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) e tem se tornado um problema cada vez mais comum entre as mulheres. Ela consiste na inflamação do endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, fazendo com que esse tecido cresça em outros locais fora do útero. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, em média 15% das mulheres em idade reprodutiva podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis.

De acordo com o ginecologista Waldemy Carvalho, do Hospital Jayme da Fonte, existem três tipos de endometriose: a ovariana, a peritoneal e a profunda. A endometriose ovariana atinge a parte externa do ovário e desenvolve cistos. A forma peritoneal da doença acontece na interna do abdome. E, a endometriose profunda consiste na forma mais agressiva da doença e atinge áreas próximas ao útero, como intestino grosso e bexiga. A doença é a principal causa de infertilidade entre as mulheres.

É preciso ficar bastante atenta aos sintomas. “Existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto”, diz o ginecologista. Entre os sintomas mais comuns estão:

- Cólicas muito fortes associadas ao período menstrual;

- Dor durante a relação sexual

- Excesso de sangue durante a menstruação;

- Diarreia, fadiga;

- Fadiga crônica e exaustão.

“Se a endometriose está localizada na bexiga, é possível haver sangue na urina. Caso ela esteja presente no intestino, pode haver sangue nas fezes”, explica o médico.

Segundo o ginecologista, o diagnóstico precoce aumenta as chances do tratamento dar certo, diminui o sofrimento e o risco de infertilidade. “Ao suspeitar da doença, o exame ginecológico é o primeiro passo para o diagnóstico da doença, que pode ser identificada através da ultrassonografia endovaginal, da laparoscopia e ressonância magnética”, afirma Waldemy.

O tratamento pode ser clinico ou cirúrgico, vai depender do tipo e estágio da doença. Geralmente é tratada com medicamentos que controlam o ciclo hormonal, reduz o sangramento e consequentemente a dor. No caso de lesões maiores, pode ser necessária a retirada dos ovários ou do útero.