sexta-feira, 14 de abril de 2017

À sombra de seus crimes: Goleiro Bruno e Guilherme de Pádua

Bruno não vem tendo uma vida fácil em sua volta aos gramados, após seis anos preso acusado por assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio. O goleiro até que fez uma boa atuação no empate por 0 a 0 diante do Patrocinense, na última quarta-feira (12), pelo Módulo II do Campeonato Mineiro, mas acabou sendo alvo de uma barra de ferro, atirada por um torcedor de dentro do estádio Júlio Aguiar, na cidade de Patrocínio (MG).

O fato ocorreu aos 18 minutos do primeiro tempo durante uma discussão entre Bruno e alguns jogadores da equipe de Patrocinense. O goleiro do Boa, inclusive, entregou a barra de ferro para o árbitro Emerson de Almeida Ferreira, que relatou na súmula o ocorrido.

"Informo que aos 18 minutos do primeiro tempo quando o jogo se encontrava paralisado, o goleiro da equipe do Boa Esporte Clube sr. Bruno Fernandes das Dores de Souza, me apresentou um vergalhão de ferro de aproximadamente 30cm dizendo que o mesmo havia sido arremessado dentro do campo de jogo por torcedores da equipe do Clube Atlético Patrocinense que se encontravam atrás de sua meta (fato este que não foi observado por nenhum membro da equipe de arbitragem, representante e delegado da partida que se encontravam em campo de jogo)", disse a súmula do árbitro.

Segundo a diretoria do Patrocinense, o responsável por atirar a barra de ferro foi identificado e retirado do estádio ainda durante a partida, o que não deve gerar punição ao time mandante que aparece na terceira colocação do Módulo II com quatro pontos, mesma pontuação do vice-líder Uberaba. O Boa tem dois.

Com Bruno novamente entre os titulares, o Boa volta a campo neste sábado, às 17h30, contra o Betinense, de Betim (MG), no estádio Dilzon Melo, em Varginha, pela terceira rodada do Hexagonal Final da segunda divisão mineira. 

Guilherme de Pádua - Em março, o ex-ator Guilherme de Pádua se casou com a maquiadora Juliana Lacerda, sua terceira esposa. O casal se conheceu em 2015, na festa de aniversário dele, organizada por voluntários da Igreja Batista da Lagoinha (MG). Em 1992, Pádua foi condenado pelo assassinato de Daniella Perez, filha da autora Glória Perez.

“Ele já fazia parte do grupo de evangelização desde 1999, quando saiu da cadeia. Eu participo dele há uns dois anos. Já sabia quem ele era na primeira vez em que o vi. Mas sempre lidei de forma tranquila com isso, pensando que ele era um irmão, alguém comum”, conta ela, em entrevista à revista Veja.

“O que me encantou nele foi o carisma, a simpatia, o carinho para lidar com as pessoas, a inteligência – são várias as qualidades", garante. No entanto, nem todos aceitaram bem o relacionamento. “Meu pai teve um pouco de receio, mas, quando conheceu o verdadeiro Guilherme, começou a gostar demais dele. As pessoas têm muito preconceito. Elas costumam se fixar no que aconteceu, ficar só naquela história, e não procuram compreender que ele se transformou: estou me casando com o Guilherme de Pádua atual, não com o do passado”, diz.

Os dois planejam viver juntos a partir de maio, quando farão casamento religioso. “Sabia que haveria gente que acharia um absurdo. Eu sou xingada sempre, todos os dias. Da parte dos meus familiares e amigos próximos não houve rejeição alguma.”

Com informações do Notícias ao Minuto (Rio), Estadão (SP) e Revista Veja