segunda-feira, 20 de março de 2017

Youtube acusado de censurar vídeos LGBT

O YouTube, que pertence ao Google, admitiu que criou um filtro para esconder conteúdo LGBT em seu site. Segundo a empresa, o chamado modo restrito pode ser usado para filtrar vídeos potencialmente censuráveis. Quem ativou o recurso, no entanto, não consegue visualizar clipes de cantoras como Lady Gaga, Anitta e Lia Clark na plataforma - o que provocou polêmica entre os usuários.

O serviço admitiu que esses vídeos estão sendo ocultados, mas diz que só faz isso para garantir que as pessoas não vejam conteúdo que lida com questões mais sensíveis. "Vídeos LGBT estão disponíveis no modo restrito, mas os vídeos que discutem questões mais sensíveis podem não estar. Lamentamos qualquer confusão que isso tenha causado", disse a rede social, em nota.

Um porta-voz do YouTube mais tarde esclareceu que essas questões mais sensíveis são particularmente vídeos que abordam assuntos como saúde, política e sexualidade. Até mesmo os youtubers que criam conteúdo relacionado ao universo LGBT estão sofrendo com a mudança.

O youtuber Rowan Ellis foi um dos primeiros a ressaltar que vídeos abordando temas como relacionamentos estavam sendo filtrados no modo restrito. O brasileiro Frederico Devito também criticou o recurso. ''Espero a melhor explicação possível para a tremenda babaquice que o YouTube tá fazendo'', escreveu, em um post no Twitter.

Em uma página de suporte, o YouTube explica a utilidade da ferramenta. "O modo restrito pode ser usado para ajudar a filtrar conteúdo potencialmente censurável que você não quer ver ou não quer que outras pessoas da sua família vejam enquanto usam o YouTube", informa a rede social.

Tribuna da Bahia