sexta-feira, 31 de março de 2017

Visando as Eleições 2018, aliados desembarcam do apoio ao Governo Federal

Não é por cargos e nem por discordâncias sobre terceirização ou mudanças na aposentadoria que o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), tem se tornado cada vez mais crítico ao governo do presidente Michel Temer. 

Pragmático, às voltas com a Operação Lava-Jato e preocupado com a reeleição do filho no comando de Alagoas, Renan resolveu iniciar um movimento de desembarque da base aliada para apostar suas fichas em uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018

Estar ao lado de Michel Temer é um péssimo negócio para todos os políticos que precisarem se reeleger em 2018. Como revelou a pesquisa Ipsos, para 90% dos brasileiros, o Brasil segue no rumo errado, com Temer na presidência.

Coincidência ou não, na noite de ontem (30), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) publicou um vídeo, em que critica a terceirização e o aumento de impostos sobre a folha de pagamento, em que praticamente rompe com o projeto golpista (saiba mais aqui). 

No vídeo, Renan criticou o projeto de terceirização geral, o aumento de impostos, o corte de investimentos e a reoneração da folha de pagamentos. "Tudo isso junto vai drenar as energias de uma economia que não consegue se levantar. O governo precisa conversar antes".

Mais do que simplesmente romper com Temer, Renan já negocia uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todos os cenários sobre sucessão presidencial. Ou seja, ele antecipa uma tendência, que será seguida por vários políticos que hoje integram a base de Temer.

Em outras palavras, associar-se ao golpe será suicídio político.

Com informações do Jornal Valor Econômico e do Portal Brasil 247