sábado, 4 de março de 2017

SC: Triplo feminicídio

Uma família despedaçada, uma criança órfã e uma cidade devastada.

No interior de Santa Catarina, a pequena Cunha Porã, colônia de imigrantes alemães de 11 mil habitantes, testemunhou nesta semana um dos crimes mais graves de sua História.

O principal suspeito é o agricultor Jackson Lahr, de 24 anos.

As vítimas foram a ex-namorada dele, Rafaela Horbach, de 15 anos, mãe de seu filho de dois meses, e as irmãs dela, Julyane Horbach (foto), de 23, e Fabiane, de 12. Elas foram mortas a facadas.


Os assassinatos ocorreram na segunda-feira de Carnaval. Além delas, o marido de Julyane, Gil Meyer, de 25, também foi atacado com faca por Jackson, mas conseguiu escapar.

O delegado de Maravilha (SC) Joel Specht explica que possível motivação do crime tenha sido inconformismo com o término do relacionamento, além de querer ver o filho.

Jackson e Rafaela brigavam na Justiça porque ele não queria pagar pensão alimentícia ao filho e queria ter o direito de ver a criança.

O agricultor foi preso em flagrante e indiciado pelo triplo feminicídio e tentativa de homicídio qualificado.

Por cada um dos feminicídios, a pena varia de 12 a 30 anos de prisão.

No interrogatório da Polícia Civil de Santa Catarina, o suspeito disse que se lembra apenas de ter esfaqueado o cunhado e não as mulheres.

Em entrevista à rádio Líder FM, o pai delas, Neuri Horbach, atribuiu o crime à "ruindade" de Jackson. "Ele prometeu que ia matar ela e as outras também. Semana passada, fizeram boletim de ocorrência", contou.

De acordo com o jornal Diário Catarinense, Rafaela havia registrado um BO contra o ex-namorado. Medidas protetivas para ela chegaram a ser adotadas, para que Jackson ficasse longe dela.

"Eu quero justiça", disse Neuri Horbach no velório das filhas.

The Huffington Post Brasil