segunda-feira, 6 de março de 2017

Portugal acolhe 1150 refugiados e vai receber mais 91 yazidis em breve


O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, disse esta segunda-feira que a chegada a Lisboa de 24 cidadãos yazidis eleva para 1150 o número de refugiados acolhidos por Portugal no âmbito dos programas de recolocação da UE.

O governante falava aos jornalistas no aeroporto de Lisboa, momentos após reunir com o grupo de refugiados yazidis vindos da Grécia - depois de terem fugido da perseguição do Estado Islâmico no Iraque - e que ainda esta tarde vão ser instalados em Guimarães.

Eduardo Cabrita adiantou que há um outro grupo de 91 refugiados yazidis na Grécia que já manifestaram "opção de recolocação em Portugal" e deverão chegar em abril, sendo acolhidos em Lisboa.

Eduardo Cabrita, acompanhado pela vereadora de Ação Social da autarquia de Guimarães, frisou que os refugiados são cidadãos livres e que Portugal "não terá nenhuma estratégia que leve a qualquer limitação da sua liberdade de circulação".

"Temos um processo [de recolocação de refugiados] que é considerado uma referência no quadro europeu e da ONU", sublinhou Eduardo Cabrita, deixando ainda uma garantia: "Não temos em Portugal campos de refugiados, nunca os iremos ter."

"Temos um profundo envolvimento das comunidades locais, das estruturas da sociedade civil", de organismos ligados às igrejas e ainda nove dezenas de municípios que "decidiram participar neste esforço nacional" de acolhimento, realçou o ministro Adjunto.

Eduardo Cabrita salientou ainda ter sido objetivo do Governo que "ficasse no berço da nacionalidade o primeiro grupo" de cidadãos yazidis "que desejou vir para Portugal".

Paula Oliveira, vereadora da Ação Social da câmara de Guimarães, assegurou estar "tudo preparado" para "fazer com que [os yazidis] se sintam em sua casa, em segurança e felizes".

Os 24 yazidis vão residir em habitações existentes na cidade e arredores, devidamente preparadas, e vão reunir-se regularmente nos diversos "momentos culturais e de convívio" organizados pela autarquia com o apoio do Conselho Português para os Refugiados e outras entidades locais.

Sobre o grupo de 43 refugiados acolhidos em Guimarães há cerca de um ano, Paula Oliveira frisou que todos são "cidadãos livres" e duas dezenas deles "abandonaram voluntariamente" o projeto.

Diário de Notícias (Portugal)