quinta-feira, 30 de março de 2017

Nutricionista alerta para importância de comer bem

Como parte do calendário do Ministério da Saúde, o Dia Nacional da Saúde e Nutrição é comemorado nesta sexta-feira, 31, trazendo uma reflexão sobre os hábitos alimentares do brasileiro. Afinal, nossas escolhas à mesa estão intimamente relacionadas à nossa qualidade de vida. A boa alimentação não tem somente a função de satisfazer a fome, mas de manter a saúde geral e mental do indivíduo.

Para esclarecer sobre alimentação saudável e valor nutricional dos alimentos, o setor de Nutrição do Hospital Miguel Arraes (HMA) realiza nesta sexta-feira, dia 31, às 10h, uma palestra junto aos acompanhantes dos pacientes internados na unidade. O foco principal será o consumo do açúcar, que deve ser feito com cautela. Segundo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas 10% do total de calorias consumidas diariamente devem ser provenientes do açúcar. Uma dieta saudável e ideal deve restringir-se a 5%. Isso significa que o ideal é que uma pessoa consuma 25 gramas de açúcar por dia ou, no máximo, 50 gramas. Ao meio-dia, as orientações serão dadas aos funcionários, no refeitório do hospital.​

A coordenadora do setor de Nutrição do Hospital Miguel Arraes (HMA), Milena Souza, afirma que, primeiramente, é necessário definirmos a quantidade de refeições diárias, não “pulando” ou substituindo por lanches: “Na correria do dia a dia, você acaba comendo mal e não respeitando os horários e intervalos entre as refeições. Se não nos alimentamos, nosso corpo começa a manifestar os sinais de hipoglicemia (queda da concentração de glicose no sangue), ocasionando uma diminuição da concentração, fraqueza, sonolência e até tontura e tremores”. Segundo Milena, é importante estarmos atentos para a chamada “alimentação fracionada”, aquela de 3 em 3 horas: “ela ajuda a evitar sonolência no período de trabalho, facilita a concentração e atenção para realizar as atividades, e também é uma forma de equilibrar as refeições e evitar a compensação nas refeições seguintes com aqueles pratos exagerados, com muito mais comida do que realmente precisamos para saciar a fome e suprir as necessidades nutricionais”.

Outro cuidado com relação à alimentação diz respeito às “dietas da moda” ou “dietas de revistas”. São aquelas que surgem de tempos em tempos, afirmando que determinada fonte de energia, a exemplo de proteínas e carboidratos, é indicada para aquela dieta. Existem também aquelas que associam o emagrecimento a chás, a cores, a Lua e até ao tipo sanguíneo. A nutricionista Milena Souza alerta para essas “promessas”: “Dietas da moda, em sua maioria, são inadequadas no ponto de vista nutricional por promover uma restrição brusca de calorias, não podendo ser mantidas por um longo período de tempo; como não há uma reeducação alimentar, a pessoa recuperará o peso perdido, podendo ganhar ainda mais. É necessária a conscientização de que apenas com uma avaliação nutricional completa e um acompanhamento por um profissional nutricionista o processo de emagrecimento será de forma saudável e duradoura”, explicou.

Com informações da jornalista Iana Gouveia