quinta-feira, 30 de março de 2017

Escrava sexual e mulher de jihadista do Estado Islâmico se juntam para fugir

Farida foi mantida sob sequestro durante dois anos por um membro do Estado Islâmico em Mossul, cidade do Norte do Iraque disputada entre as tropas do governo e o grupo extremista. 

Para escapar, a jovem de 27 anos se aliou à esposa do seu sequestrador, que também queria fugir. Elas planejaram uma emboscada com os militares iraquianos para matar o seu algoz e, finalmente, serem libertadas.

— Tentei conservar a minha honra, mas não consegui. Fui abusada e golpeada. Fui tratada como um animal. Não tenho palavras para descrever o que me aconteceu — disse Farida ao "Daily Mail".

Em outubro, as forças militares iraquianas lançaram uma operação para recuperar Mossul, a segunda cidade mais importante do país. As duas mulhares conseguiram se comunicar com os militares e lhes disseram onde estava o carro do sequestrador. As Forças Armadas realizaram um ataque aéreo com um drone e mataram o jihadista.

— Nós nos escondemos por oito dias para que pensassem que também estávamos no carro. Só depois disso pudemos escapar — relata Farida.

Hoje, a jovem vive em um campo de refugiados em Erbil e já reencontrou o seu marido. Farida é casada com um policial que estava em outra parte do Iraque, a serviço, quando ela foi sequestrada.


Jornal O Globo (Rio)