quinta-feira, 9 de março de 2017

#DiaDaMulher - Agora basta!


Após 14 horas de trabalho e 30 casos relatados, senti uma profunda angústia no meu coração. Sim. Senti mesmo. Todas as vítimas relatadas tiveram suas vidas ceifadas por homens, e em sua maioria, homens nos quais elas confiavam: pai, namorado, companheiro, marido... E aquele sentimento de posse que muitos homens têm, acabam por determinar uma sentença de morte para essas e tantas outras vítimas... 

A cada vez que eu escrevia "ele não se conformou com o fim do relacionamento.", me esforçava pra não chorar, não me envolver. E ouvindo as músicas Amélia de Você e Balada Para Gisberta  eu vi o quanto as artes podem definir os sofrimentos, os pedidos de socorro. 

E a violência não poupa nem as crianças: Ana Lídia, Araceli, Beatriz, Miriam, e a recifense que além de perder a vida, perdeu a própria identidade, sendo simplesmente "Menina sem Nome".  E as adolescentes, como Eloá, que estava na flor da idade?

Qualquer mulher está arriscada a sofrer qualquer violência, só pelo fato de ser mulher: Desde as que viviam de sua beleza e juventude, como Amanda, Ângela e Eliza, mães de família como Claudia Ferreira, Izabella e Maristela; militantes, como Maria da Penha, que sobreviveu; artistas famosas no auge da carreira, como Eliane e Daniella; Mulheres de uma família inteira, como as Irmãs Hosbach.

Sem deixar de citar tantas outras que eu não postei aqui: Maria Eduarda e Tarsila; Maria Alice; Sandra; Isamara e suas parentas; Rakelle; Simone; Maristella e Marta; Laura e Talita; Kátia; Adriana; Isis; Soledad; Sonia; Zuzu; 

E só falei de casos no Brasil.

O mundo também não ama suas mulheres: vide as Meninas de Chibok; Julie e Mélissa; As meninas da Comunidade Yazidi; As boas mulheres da China; Anne Frank, Hana Brady...

A humanidade se esquece de um único detalhe: o único ser humano que nasceu de um homem foi Eva, de acordo com a Bíblia. Todo o restante da humanidade nasceu de uma mulher.

Basta de violência!