quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Trump promete emitir novo decreto sobre imigração

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que emitirá um decreto na semana que vem com o objetivo de manter o povo norte-americano seguro, já que a proibição temporária de entrada nos EUA por parte de viajantes de sete países de maioria muçulmana permanece suspensa por um tribunal federal.
"Vamos emitir um decreto novo e muito abrangente para proteger nosso povo", afirmou Trump em entrevista coletiva.
Na entrevista desta quinta, Trump disse que a sua implementação da proibição de viagens foi “muito tranquila”, mas que o governo teve uma decisão ruim do Judiciário. Ele afirmou que o novo decreto seria redigido em conformidade com as decisões legais.
"O novo decreto vai ser bastante formatado para o que eu considero ter sido uma decisão muito ruim”, declarou ele. “Nós podemos formatar o decreto à decisão e ter simplesmente tudo, e em alguns casos mais.”
Dado o futuro decreto, o Departamento de Justiça declarou que um tribunal de apelações federal não deveria reconsiderar a decisão de suspender a medida de 27 de janeiro de Trump.
"Fazendo isso, o presidente vai abrir caminho para proteger o país imediatamente, em vez de continuar com um litígio que pode consumir tempo”, afirmou o Departamento de Justiça em informações submetidas à Justiça.
Trump diz que o decreto do mês passado foi necessário para proteger os EUA de ataques de militantes islâmicos. A medida impediu pessoas do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen de entrar no país por 90 dias. Refugiados foram barrados por 120 dias, e refugiados da Síria foram barrados por tempo indefinido.
O juiz James Robart em Seattle suspendeu o decreto em todo o país depois que o Estado de Washington entrou com uma ação legal contra a medida. Um painel do tribunal de apelações manteve a decisão de Robart na semana passada.

O Departamento de Justiça disse que o decreto de Trump vai ser “revisado substancialmente”, sem entrar em detalhes. Na semana passada, um assessor parlamentar disse à Reuters que Trump poderia mudar o decreto original para excluir moradores permanentes.

Agência Reuters