terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Após 10 meses, dois envolvidos no estupro coletivo no RJ tem prisão decretada


Dez meses depois, a Justiça determinou uma pena de 15 anos de prisão para dois envolvidos no caso.

Raí de Souza e Raphael Assis Duarte Belo foram condenados na última segunda-feira (20) pela 2ª Vara Criminal Regional de Jacarepaguá, de acordo com informações do Estado. Os dois já tinham recebido ordem de prisão preventiva em junho. Até agora o processo ainda corre em segredo de justiça para preservar a vítima.

Souza e Belo respondem pelos crimes previstos no artigo 217 do Código Penal (estupro de vulnerável) e artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente (que fala sobre produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente).

À época do ocorrido, imagens e vídeos circularam nas redes sociais. Souza gravou e transmitiu uma filmagem em que mostra a menina desacordada após o estupro. Já Belo fez uma selfie ao lado da garota compartilhou as imagens. Ao serem presos, eles argumentaram que não pensaram nas consequências das atitudes.

Moisés Camilo Lucena também é acusado, mas continua foragido. Outras quatro pessoas foram indiciadas pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, mas ainda não se tornaram rés no processo.

Estupro é crime

Mulheres são violentadas a cada 11 minutos no Brasil. Esta foi a conclusão do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado em 2015. E não esqueçamos que até o ano de 2009, o estupro era considerado crime contra a honra. E ainda hoje o estupro é um dos crimes menos notificados do Brasil.

Cerca de 50 mil casos de estupro são registrados anualmente no Brasil e estima-se que isso representa apenas 10% da quantidade dos casos. As pessoas que são violentadas, na maioria das vezes, deixa de denunciar com medo de retaliações, com vergonha de se expor, e até mesmo com receio de serem culpadas ou tachadas pela violência sofrida. Ressaltando que o crime não atinge apenas as mulheres e meninas, mas também a homens e meninos.

The Huffington Post Brasil