quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Egito: brasileiro pode ser condenado à morte

O jovem Lucas Stormoski, de 20 anos, pode ser mais um brasileiro a ser condenado à morte pelo tráfico de drogas. Morador de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, ele foi preso no último dia 10, no Aeroporto Internacional do Cairo, no Egito, com três quilos de cocaína e, pelas leis locais, corre o risco de ser condenado à prisão perpétua ou à morte por enforcamento.
Em entrevista à TV Al Hayah, logo após uma audiência, Lucas disse ter sido enganado pela pessoa que o contratou, que teria prometido que ele ganharia R$ 12 mil. "Ele (contratante) falou que eram uns comprimidos, mas eu não desconfiava que era cocaína, achava que era algum comprimido como o Viagra ou para academia e ele falou que a polícia não faria nada pois era legal. O máximo que fariam era conversar", afirmou.
Lucas esteve acompanhado de um representante do consulado brasileiro no País quando falou na audiência. O jovem disse estar arrependido. "Caí na lábia dele, ele falando que seria fácil e deu no que deu, foi o dinheiro e não se mede as consequências. Jamais queria passar por isso, nunca, sempre estudei, trabalhei e chega uma oferta do nada, não resisti, estava precisando de dinheiro, como todo mundo precisa de dinheiro", afirmou.
O tráfico de drogas é considerado um crime gravíssimo no país, assim como no Paquistão e outros locais de maioria islâmica e geralmente são punidos com a pena de morte.
Lucas também disse que nunca havia saído do país. "Nunca saí do Brasil, só estive no Paraguai e Argentina, que é perto, estou me sentindo um lixo, não tenho o que falar. Não tem coisa pior que ficar em um país do outro lado do mundo, longe de sua casa, sem saber se defender", disse.
No final da entrevista, abalado, o jovem pediu perdão ao pai. "Foi a pior besteira que fiz em minha vida, chega, que eu não aguento mais falar, só quero pedir perdão. Perdão, pai, ele sempre me deu conselhos, fui meio rebelde e agora estou sentindo na pele", concluiu.
Outros dois brasileiros foram executados, ambos na Indonésia, Marco Acher (executado em fevereiro) e Rodrigo Gularte (executado em maio). Os dois haviam sido condenados por tráfico de drogas.
Brasil Post