quarta-feira, 25 de março de 2015

Polícia prende 5 chineses por suspeita de falsificação

Cinco chineses -- sendo três mulheres e dois homens -- foram presos e pelo menos 1,5 mil peças falsificadas foram apreendidas com eles, dentro da Operação Esforço Geral 3, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (25). Eles vão responder por fraude no comércio, receptação qualificada e formação de quadrilha.
Os produtos estavam nas galerias Pan e Glória, que ficam no bairro são José, no cento do Recife. Entre os itens recolhidos estão peças de roupas, calçados, óculos e acessórios que imitam marcas famosas. As pessoas detidas foram flagradas comercializando o material.
De acordo com a polícia, quatro deles já tinham sido presos por falsificação há cerca de um mês. Segundo o delegado Germano Cunha, eles vendem produtos piratas no Recife há pelo menos um ano. "Nós acreditamos que esse material é importado e entra através de portos e aeroportos. A fiscalização não é totalmente eficaz e, infelizmente, esses itens acabam entrando e tomam as ruas das nossas cidades", disse.
O delegado também enfatizou a responsabilidade de cada cidadão quando decide comprar um produto falsificado. "A pirataria é muito mais que o camelô, o pequeno comerciante. Quem compra está contribuindo com uma verdadeira organização criminosa que está por trás deles, que usa o lucro conseguido com a pirataria para cometer diversos outros crimes, como tráfico de armas e de drogas, lavagem de dinheiro...", comentou.
O advogado Breno de Moraes é o responsável pela defesa dos cinco estrangeiros detidos nesta quarta. "A gente vai identificar a qualificação com que será lavrado o flagrante, e vamos tentar desqualificar, conforme o entendimento das provas colhidas nos autos e fazendo as contraprovas através das nossas testemunhas", informou.
Segundo o defensor, alguns dos chineses acreditam que o comércio de itens falsificados não é proibido no Brasil. "Como existe comércio nas ruas aqui do Recife, de São Paulo, de Salvador, eles acham que isso não seria proibido. E vale lembrar que a falsificação só pode ser constatada através de perícia", encerra.
Portal G1