segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Violência: Estado Islâmico atira gays do alto de prédios

Dois homens que seriam homossexuais foram atirados do telhado de uma torre, em Mosul, na província de Nineveh, no Iraque, pelo grupo extremista Estado Islâmico, conhecido internacionalmente como ISIS. As imagens chocantes da “punição” foram compartilhadas pelos membros da grupo através do Justpaste.it, um site de compartilhamento de imagens, e rapidamente foi reproduzido em redes sociais, como o Twitter.

Nas imagens, é possível ver homens encapuzados empurrando os dois homens, enquanto uma multidão assiste à queda, na rua. No meio dos espectadores da execução, outros dois homens são crucificados.

“O tribunal islâmico em Wilayet al-Furat decidiu que um homem que tenha praticado sodomia deve ser jogado do ponto mais alto da cidade e, em seguida, apedrejado até a morte”, afirmou um membro do ISIS em uma declaração fornecida à AFP juntamente com as imagens. Em novembro do ano passado, outros dois homens acusados pelos jihadistas de serem gays foram apedrejados até a morte.

Execuções públicas
O Estado Islâmico domina parte do território da Síria e do Iraque. Nestes locais, as execuções públicas têm se tornado comum. Em outras imagens divulgadas pelo grupo, uma mulher que teria cometido adultério é apedrejada até a morte. Acusados de roubo e outros crimes são crucificados e mortos no meio da rua.

Na pesquisa “Traçando o perfil do Estado Islâmico”, Charles Lister, do instituto Brookings Doha Center, que analisa o cenário geopolítico e social do mundo muçulmano, descreve a versão de governo islâmico proposto pelo ISIS: “A implementação de uma forma estrita da sharia (conjunto de leis islâmicas) é claramente central para a governança do ISIS. Isso inclui a imposição da hudud (punições islâmicas fixas para crimes graves), aplicação das cinco orações diárias, proibição de drogas , álcool e tabaco; controle da aparência pessoal, incluindo vestuário; proibição de jogos de azar, de música não- islâmica, e mistura de gênero; e a destruição de santuários religiosos, entre outras regras”.

Jornal Extra /Rio