terça-feira, 23 de setembro de 2014

Artista plástico Abelardo da Hora morre aos 90 anos

O artista plástico pernambucano Abelardo da Hora, 90 anos, faleceu na manhã desta terça-feira (23), no Recife. Ele estava internado há pouco mais de um mês, no Hospital Memorial São José, e sofreu uma insuficiência cardiorrespiratória. Ele foi internado por causa de uma virose e lutou contra uma pneumonia. De acordo com familiares, no sábado (20), ele teve um edema pulmonar agudo, mas estava conversando normalmente e até falando de futuros projetos. De acordo com o filho do artista, Abelardo Filho, o velório começa às 15h no salão nobre da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O corpo fica no local até o horário do enterro, que será na quarta-feira (24), às 11h, no Cemitério de Santo Amaro.

Escultor, desenhista, ceramista, gravador e poeta, Abelardo da Hora era um pernambucano apaixonado pelas artes e trabalhava com frequência temas como as mulheres, o frevo e o maracatu em suas obras. Em entrevista ao G1, no final de julho, por ocasião dos seus 90 anos, o artista disse que não queria parar de produzir. Em 2011, o artista recebeu o título de cidadão recifense da Câmara Municipal. Natural de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana, Abelardo é autor de mais de 1.800 obras, entre esculturas, cerâmicas e desenhos, muitas delas espalhadas pelo Recife. Na Praça da República, é possível ver o “Monumento aos Heróis de 1817”, enquanto a Rua da Aurora conta com o “Memorial do Frevo”.

Uma das úlitmas peças produzidas por Abelardo foi a escultura ‘O Artilheiro’, que tem cinco metros de altura e é feita em bronze polido. A obra foi inaugurada no dia do aniversário do artista, 31 de julho, em frente à Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, onde Abelardo nasceu.
O cantor e sobrinho de Abelardo, Nonô Germano, conta que recebeu a notícia pela manhã e que costumava visitar o tio no hospital. "O quadro era instável, ele ficava variando entre a UTI e o quarto do hospital. Da última vez que o visitei, cantei a música que estou compondo em homenagem a ele. Ele estava consciente e gostava de ouvir. Ele preferia ficar no quarto, perto da gente", conta. Segundo Nonô, um dos filhos de Abelardo ligou para dar a notícia e os parentes já começam a se dirigir ao hospital.
Portal G1