quarta-feira, 5 de junho de 2013

Greve de professor particular deve afetar 500 mil alunos em Pernambuco

Professores da rede particular de ensino de Pernambuco decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado, nesta quarta-feira (5), em assembleias simultâneas realizadas no Recife, em Limoeiro, Caruaru e Petrolina, no interior do estado. Cerca de 500 mil alunos devem ser afetados com a paralisação, já a partir da tarde de hoje. Entre as principais reivindicações dos docentes estão o reajuste salarial de 10% e unificação da hora/aula em R$ 12.

Neste momento, eles fazem passeata pela Avenida Conde da Boa Vista, no Centro da capital. “Os donos de escolas querem retirar propostas já conquistas por nós. Além disso, a contraproposta deles só nos oferece ganho real no salário de 0,2%”, disse o coordenador do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro), Jackson Bezerra. Os docentes também são contra a instalação de câmeras nas salas de aula, ideia defendida pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Pernambuco (Sinepe).
A categoria ainda pede concessão de vale-alimentação para todosos professores com dois turnos na mesma escola; bonificação de 30% em ano de Bienal do Livro emPernambuco, para compra de exemplares; assinatura de jornais e revistas nas salas dos professores e convênios e planos de saúde. Jackson Bezerra acrescentou que 80% dos docentes (aproximadamente 18 mil) devem aderir ao movimento e cruzar os braços.
Uma nova rodada de negociação está marcada para as 15h desta quinta (6), na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), no Espinheiro, Zona Norte da cidade. O presidente do Sinepe, José Ricardo Diniz, explicou que o aumento oferecido está baseado no pico da inflação acumulada no mês de abril, data-base da categoria. “As negociações continuam abertas, isso revela que há um empenho das duas partes em chegar a um acordo. As escolas devem seguir a programação normal planejada”, disse.
Portal G1