segunda-feira, 27 de maio de 2013

Médicos de Caruaru paralisam serviços nesta quarta

Os médicos da rede pública de saúde em Caruaru decidiram fazer uma paralisação de advertência nesta quarta-feira (29). A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria no último dia 24. A paralisação atingirá os serviços ambulatoriais, cirurgias eletivas e programas de saúde da família. Os serviços de urgência e Samu vão funcionar normalmente.

A polêmica em relação à saúde veio à tona nos últimos dias, após sindicato e secretaria de Saúde apresentar dados divergentes sobre a saúde municipal. “Há muito tempo não tínhamos um tratamento tão desrespeitoso e até grosseiro por parte da prefeitura, diante de graves denúncias que fizemos a toda sociedade através da mídia”, disse Danilo Souza, diretor do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe).

Apesar de não negar nenhuma das denúncias feitas pelo sindicato, a exemplo do fechamento de UTI, cancelamento de cirurgias eletivas e falta de medicamentos básicos, a Prefeitura de Caruaru não se apresentou uma proposta convincente de negociação. “Uma relação de desrespeito com a categoria e a população sem limites. Não esperávamos a resposta que obtivemos, negativa em praticamente todos os pontos. A prefeitura ignorou totalmente o pleito da categoria e, por consequência, da sociedade. Respostas vazias, sem prazo ou afirmação objetiva nenhuma. É realmente vergonhoso”, reclamou.

Desastre - Danilo Souza lembrou que o primeiro programa eleitoral do prefeito José Queiroz na ultima eleição estampou em letras garrafais os salários dos médicos da cidade. No entanto, os atrasos frequentes no pagamento dos vencimentos e a sonegação de outros direitos vêm desagradando a categoria. “Ele se esqueceu de pagar da forma correta. Não é só estampar uma numeração, ele tem que fazê-la cumprir”, diz.

“Desde 2008, Caruaru conta 43 postos de PSF. O prefeito prometeu abrir mais 10 em 2009. Atualmente, temos 42 equipes. Então, além de não abrir nenhuma unidade após quase cinco anos de gestão, ainda fechou uma. É realmente desastroso. A palavra mínima que podemos usar, nesse momento, para a gestão da saúde em Caruaru, é desastre”, avalia. Uma nova assembleia dos médicos está marcada para o dia 4 de junho.

Rádio Liberdade