terça-feira, 20 de novembro de 2012

Desvio de água deixou Angelim sem abastecimento


A Compesa identificou dois casos de desvio de água que estavam deixando 7 mil moradores sem abastecimento na sede do município de Angelim, no Agreste do estado. O mau uso estava sendo praticado por dois produtores rurais, que desviaram 100% da vazão do riacho Espinheiro, a única fonte de água da cidade.

Segundo o gerente de Negócios da Regional Una, Mozart Alencar, há 15 dias os técnicos começaram a notar que a barragem do Espinheiro, que capta água do riacho, estava esvaziando muito rapidamente durante a noite. “Com a barragem praticamente seca, a gente tinha que desativar a estação elevatória, parando o abastecimento da cidade por completo”, ressaltou.

Uma equipe da Compesa foi até a nascente do manancial e descobriu que a água estava sendo desviada do curso do rio para irrigar um pasto e um plantio de hortaliças. Os dois canais ilegais foram desativados pelos técnicos da Compesa, que orientaram os donos das propriedades a não reincidir, sob pena de serem denunciados à polícia.

O superintendente de Negócios do Agreste, Judas Tadeu Alves, explica que os dois proprietários rurais não foram multados porque usavam água bruta, ou seja, que não havia passado por captação e tratamento da Compesa. “Mas como eles estavam prejudicando o abastecimento humano, que é a finalidade principal da água, foi preciso intervir”, afirmou.

Com o fim da operação, o abastecimento de Angelim voltou à normalidade menos de 24 horas depois dos desvios de água serem desfeitos. “Nós não tínhamos conhecimento desse furto de água porque a vazão do riacho Espinheiro sempre deu conta da demanda de Angelim. Mas como esse ano a seca veio forte, qualquer perda se reflete em redução de água na cidade”, explicou Alencar. Para proteger o manancial do riacho Espinheiro e evitar que os moradores fiquem sem água, a Compesa vai continuar fiscalizando.

Imprensa Compesa