sexta-feira, 27 de julho de 2012

Lua Cheia - Capítulo 4


Na madrugada da Ilha de Santa Fé, é quando acontecem as reuniões de cúpula. Governantes, empresários, poderosos, todos se reuniam para conchavos políticos e principalmente econômicos. E entre esses homens estava o médico Dr. Van der Linden.

- Meu plano estava perfeito, sabotei as pesquisas daquele subversivozinho, mas agora ele deu com a língua nos dentes... Denunciou adoidado... Mas eu já estou providenciando o cala-boca desse imbecil...

- Van der Linden - disse o presidente da ilha - será que não estamos indo longe demais? Muita gente está morrendo e não temos profissionais suficientes pra cuidar desse povo, aliás, médico só tem ele.

- Mas nosso objetivo é refúgio ou morte, quem quiser ficar, aguente as consequencias, e se quiser viver, saia de Santa María...

- E vamos explorar petróleo à vontade... Hahahahahahahaha

- A segunda parte do meu plano vou executar. Chegaremos de repente a Santa María e vamos vacinar toda aquela gente...Com a vacina adulterada... Hahahahahahahahaa

Os outros empresários ficaram boquiabertos com tamanha ousadia de maldade.

***

Chovia em Santa Fé na alta madrugada. Na casa de Osíris, alguém batia desesperadamente na porta.

- Doutor, me ajuda!
- Calma! Quem é?
- Tiago! Natália tá passando mal de novo...

Osíris abre a porta e vê Tiago arrastando a namorada grávida, febril e trêmula.

Natália estava com uma grave infecção e se algo não fosse feito, ela e o filho morreriam. Ísis de imediato se levantou e começou a cuidar de Natália, que mesmo doente, começou a sentir dores de parto. Ísis e Osíris improvisaram uma sala de parto. A chuva fortalecia cada vez mais e para desespero de Tiago, Natália parecia não resistir.

Ao amanhecer do dia, o bebê nasceu prematuro e Natália sobrevivera ao parto. Mãe e bebê foram levadas ao posto de saúde onde tentariam transferi-la para o hospital público da cidade.

Ísis ficou no posto, atendendo os outros doentes (que não eram poucos) enquanto Osíris e Tiago levavam Natália e o bebê ao hospital.

Por culpa da ganância de uns poucos, a maioria estava sofrendo as consequências.