Em entrevista ao Bom Dia Pernambuco, Geninha revelou que seu amor pelos palcos surgiu quando ainda era menina, na escola. A paixão, ela considera como insubstituível. “Eu tive experiência em televisão, de cinema, mas, se me perguntassem, eu diria que não deixaria meu teatro não. Eu escolheria sempre o meu teatro. Eu acho o mais completo porque a gente recebe um texto e ali vai se encontrar. Você prepara o personagem”, revelou.
Geninha da Rosa Borges participou de mais de 60 peças. Entre tantos trabalhos, uma personagem marcou: Yerma, do poeta espanhol Frederico García Lorca. O espetáculo teve direção de Waldemar de Oliveira. “Doutor Valdemar estava dirigindo Yerma, e eu era a Yerma. Mas ele ficou muito mal e, no leito de morte, me entregou a direção da peça. Quer dizer, foi um marco importantíssimo na minha vida porque eu passei de atriz a diretora”, contou Geninha.
Na carreira como diretora, foram mais de 20 peças. De uma forma ou de outra, a família sempre participou das produções. “A minha mãe mandava tudo o que era dela: sofá, mesa, cadeiras, tudo era da casa da minha mãe e do meu pai. Eles eram os mobiliadores dos cenários do Teatro de Amadores de Pernambuco”, lembrou.
Para os novos atores que surgem em Pernambuco, Geninha se tornou um exemplo a ser seguido. “A gente sente quando eles vêm agradecer, e a gente sente quando eles estão também iniciando uma escolha de uma coisa de arte para se agarrar. É uma maravilha. É muito bom”, concluiu a atriz.
Portal G1
