quarta-feira, 23 de maio de 2012

Eduardo Campos faz apelo em prol da doação de órgãos

“Eu quero me somar ao grito dos que estão na fila do transplante, apelando à consciência, ao coração e à fé dos pernambucanos que estão prestes a perder um ente querido, para que autorizem a doação dos órgãos. Que juntos possamos dizer sim, para que a vida de muitos continue”.

As palavras são do governador Eduardo Campos (na foto com o torcedor-símbolo do Sport, Zé do Rádio, transplantado cardíaco) que na tarde desta terça-feira (22) lançou a Campanha Estadual de Incentivo à Doação de Órgãos 2012. A iniciativa, que tem como tema: “Diga Sim para a Vida Continuar”, pretende desmistificar o assunto, além de marcar o pioneirismo do estado como referência nas regiões Norte e Nordeste em transplantes de fígado, rim, coração, córneas e medula óssea.

“São três mil pessoas que lutam contra o tempo na espera por um órgão. Nós precisamos de mais atitudes de amor. Pernambuco tem que ser campeão também em doações”, cravou o governador. Atualmente o estado contabiliza 1.840 pacientes na fila por um rim, 1.215 a espera de córneas, 118 aguardam a doação de fígado, e 3 a de coração.
A Campanha vai até a próximo sábado e é organizada pela Central de Transplantes de Pernambuco (CT – PE), que esse ano comemora 18 anos e mais de 10 mil transplantes realizados. Os profissionais e estudantes da área de saúde vão ter a oportunidade de participar de palestras, oficinas e minicursos. A programação completa pode ser vista no portal: www.saude.pe.gov.br

“A ideia é que todos façam parte desta corrente. É muito importante a participação dos médicos transplantadores, mas também da sociedade”, enfatizou a coordenadora da CT- PE, Zilda Cavalcanti.

             Durante o lançamento da campanha no Palácio do Campo das Princesas, o governador fez questão de homenagear os quatro transplantados mais antigos do Estado. Rosilda Sobral, 65, está com um rim novo há 18 anos. Emocionada, a pernambucana diz que redescobriu o sentido da vida. “É como nascer de novo. Ter a oportunidade de ir ao banheiro e ouvir o barulho da urina, não tem preço para quem dependeu, durante anos, de uma máquina para fazer isso“, revelou Rosilda, que por causa de problemas com a pressão arterial, desenvolveu complicações nos dois rins.

DIGA SIM – Só quando há a confirmação de morte encefálica do paciente é possível doar os seus órgãos. Depois disso, os familiares de até segundo grau também precisam autorizar a doação. Outras informações sobre doações de órgãos e transplantes podem ser obtidas através do telefone: 0800-281-2185.

Secretaria de Imprensa de Pernambuco