quinta-feira, 31 de maio de 2012

15 mil cisternas serão construídas em Pernambuco


Os homens e mulheres do campo de 87 municípios do Semiárido vão poder contar agora com o abastecimento regular de água para aumentar e melhorar a qualidade da produção de alimentos. A garantia de que essa reinvindicação será cumprida foi dada nesta quarta-feira (30/05), durante o lançamento do Projeto Pernambuco Mais Produtivo. Na presença de centenas de agricultores, Eduardo anunciou a construção de 15,5 mil cisternas do tipo calçadão.
A construção dos reservatórios para captação de água é hoje, segundo o secretario executivo de Agricultura Familiar, Aldo Santos, uma “inovação tecnológica e social” que vai garantir a segurança hídrica para os agricultores que vivem no Semiárido. Quando estiverem prontos, os reservatórios vão beneficiar 85 mil pessoas de 40 cidades do Sertão e 47 do Agreste pernambucano.
Na passagem por Pesqueira, Eduardo destacou que a construção dos reservatórios se soma a outras ações que estão sendo tocadas pelo Governo do Estado no enfretamento à estiagem. “Numa situação como a que estamos vivendo não tem solução única. Nós encontramos a  solução nas cisternas, nas adutoras, nos sistemas simplificados de abastecimento de água e, em outras localidades, no abastecimento monitorado dos carros-pipas”, detalhou. 
            No total, serão investidos R$ 165 milhões no projeto em recursos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e do Governo do Estado. O Pernambuco Mais Produtivo é um projeto da Secretaria Executiva da Agricultura Familiar em conta com a parceria da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA).
Mãe de seis filhos e sem marido, Maria Rosineide da Silva, 30, planta milho, feijão, jerimum e batata para consumo da família.  A agricultora, porém, já estava preocupada com o roçado que mantém há 14 anos no município de Arcoverde. “Essa cisterna vai ser uma riqueza e uma benção para nós do campo. Agora vai ter água para plantar, beber e fazer as coisas em casa”, comemorou.
Quem também aprovou a construção das cisternas foi a representante das agricultoras do Sitio Angélica, no município de Buíque. “Agora não vai faltar alimento na mesa dos homens e mulheres do campo. Vamos ter água para produzir e produzir com qualidade”, disse, enquanto agradecia ao governador Eduardo Campos.
            As cisternas que serão construídas possuem 1,80m de profundidade e sete metros de diâmetro. Elas captam a água de chuva através de um calçadão de cimento de 200 m2 construído sobre o solo e tem capacidade para armazenar 52 mil litros de água. Se em um mês chover cerca de 300 milímetros, o agricultor já poderá contar com um reservatório cheio para tocar sua produção. 
O calçadão também é usado para secagem de alguns grãos como feijão e milho, raspa de mandioca, entre outras culturas. Outra vantagem é a  irrigação de quintais produtivos, o plantio de hortaliças e de plantas medicinais, além de auxiliar o fornecimento de água para os animais.

Além da segurança hídrica, o projeto também pensou no desenvolvimento econômico e social do mundo rural. Para tanto, os próprios agricultores serão capacitados e contratados para construir as cisternas, gerando cerca de mil novos empregos. Eduardo aproveitou a ocasião para pedir a colaboração dos agricultores-pedreiros. “Pisem no acelerador”, brincou.

 A formação dos agricultores ficará a cargo de quatro organizações não governamentais, que assinaram convenio com o Governo do Estado. São elas: as Dioceses de Pesqueira e Caruaru, a Diaconia e o Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor).

Prestigiaram a solenidade de hoje o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; os bispos Dom Dino Marchió, da Diocese de Caruaru, e Dom José Luiz, da Diocese de Pesqueira, além de prefeitos de 37 municípios.
Secretaria de Imprensa de Pernambuco