quinta-feira, 26 de abril de 2012

"Malandro quando morre, vira samba": Dicró vira samba aos 66 anos, no Rio

Morreu, aos 66 anos, no final da noite de quarta-feira, 25, em Magé, na Baixada Fluimense, o sambista Carlos Roberto de Oliveira, o Dicró, que ganhou notoriedade com letras bem-humoradas e de duplo sentido.


Lutando contra os efeitos da diabetes, o cantor e compositor passou mal em casa, no bairro de Mauá, por volta das 22 horas, após retornar do hospital onde havia realizado uma sessão de hemodiálise. Segundo parentes, Dicró, antes de sofrer o enfarte, reclamou de dores na cabeça. Mesmo encaminhado para o Hospital Central de Magé, o sambista não resistiu e morreu. O enterro de Carlos Roberto de Oliveira está marcado para as 17 horas desta quinta-feira, 26, no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, cidade natal, também na Região Metropolitana do Rio.
Vascaíno, Dicró nasceu em 14 de fevereiro de 1946, e especializou em sambas satíricos, cujas letras davam ênfase ao dia a dia do subúrbio e da Baixada Fluminense. O apelido "Dicró" veio da assinatura que ele utilizava com as suas iniciais "De C.R.O." quando fazia parte dos compositores de um bloco de Nilópolis. Entre alguns dos sambas bem-humorados de sua autoria estão "A Vaca da Minha Sogra", "Botei Minha Nega no Seguro", "Funeral do Ricardão", "Olha a Rima" e "Chatuba".


Ouça um de seus maiores sucessos: "Olha a Rima"





Estadão